A Carlsberg é uma cerveja que me trás à memória verões felizes, passados em Armação de Pera no Algarve, onde o meu Tio, os meus primos ou o meu Pai, ali à beira mar da esplanada da "Palhota", descascavam amendoins e por vezes acompanham com cervejas. Ora recordo dessa altura as garrafas castanhas da Carlsberg que tinham o rotulo na parte superior da garrafa, onde uma pelicula dourada envolvia a carica e o topo, caricas que eu adorava fazer coleção das várias marcas chegando a apanha-las do chão. Recordo-me também vagamente das garrafas da Tuborg, Schweppes, Trinaranjus, Sumol e Pirolitos.
A fazer lembrar um pouco essas originais garrafas, embora diferentes, foram as ultimas de cor verde, cujo rotulo também estava na parte superior.
Com 5% ABV, é ideal para se beber em finais de tarde e de preferência à beira mar com um brilhozinho nostálgico nos olhos.
Mas este post não ficaria completo sem falar um pouco da história desta marca, que nos conta uma curiosa disputa familiar.
Foi fundada em 1847 por Jacob Christian Jacobsen, um filantropo e colecionador de artes, que começou a produzir a primeira lager na sua adega, e tendo posteriormente dado à sua cervejaria Carlsberg, o nome do seu filho "Carl", e à colina que homenageou e em que se situava: "bjerg".
Desta disputa surge uma batalha levada a tribunal depois deste ter fundado a sua própria cervejaria chamada Ny (Nova) Carlsberg, e da qual Carl sai vencedor.
À semelhança do seu Pai, que criara uma fundação para apoiar a ciência, cria em 1882 a nova fundação Carlberg dedicada à promoção das artes.
Em 1906, nova e antiga Carlsberg são oficialmente reunidas sob a égide da fundação Carlsberg, e Carl torna-se assim o primeiro director executivo da cervejaria que hoje em dia é um grande grupo multinacional que congrega várias marcas. (*4) (*5)