sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Desventuras na Moita do Ribatejo (Abbaye de Vauclair Ambrée)


Terceira ou quarta cerveja desta marca que bebo, e tenho-a sob boa consideração em qualidade/preço desde que a experimentei pela primeira vez. Estilo diferente tipo abadia que se enquadra muto bem nas que já bebi do gênero. Houve ali por momentos no aroma e sabor que me trouxe à memória uma notas de uma garrafa de rum velho misturado com coca cola que eu e os meus amigos e irmãos Jorge e Pedro compramos numa ida até à casa que os meus Pais tinham na Moita ao pé do parque. Curioso vir-me à memória aquela cuba livre. 
Sem o meu saudoso Pai saber roubei as chaves daquilo que pensava ser da casa. Mas naquela tarde/noite tinha tudo para correr mal.
Mal desembocamos no Barreiro depois de atravasarmos o Tejo, dirigimo-nos para a plataforma da antiga estação de comboios e entramos sem saber numa composição que se dirigia para as oficinas, peranta a incredulidade saltamos para fora com o comboio em velocidade lenta.

A icónica estação de barcos e comboios do Barreiro, por onde passaram tantas e 
tantas vidas no seu trajecto diário.Aqui recordarei sempre o meu Pai, assim 
como de algumas vezes em que por aqui passei com os meus amigos.
Fonte das imagens (*1), (*2)

Uma celebre locomotiva série 1400 da CP a puxar as famosas carruagens
vermelhas na zona do Barreiro, tentando imaginar aqui um pouco o começo
daquelas desventuras. Fonte da imagem: (*3)
 

Depois de finalmente chegarmos à Moita, fomos até ao posto de gasolina encher um jarrican de gasolina (pois comigo também tinha as chaves do Opel Kadett do meu Pai), e de seguida até à casa que tinhamos no parque, eis que descobrimos que a chave não servia. Meio desorientados, lá tivemos a felicidade de constatar que pelo menos as chaves eram do escritório onde o meu Pai tratava da contabilidade dos seus clientes na casa dos meus Avós, a qual dividia com o seu sócio. Tihamos acesso também à casa de banho, o resto estava trancado...Já não era mau.

Casa dos meus Avós e do meu Pai no Largo principal da Moita

Depois de mais uma dose de inconsciência ao andarmos às voltas com o carro e de o Jorge quase ter batido num poste, lá fomos pernotar ao escritório, onde depois de bebermos a garrafa de rum num unico copo para lavar os dentes partilhado pelo três, adormecemos desconfortavelmente nas cadeiras, até apanharmos de manhã cedinho o comboio e barco de regresso. 
Ainda tomamos o pequeno almoço na baixa, que foi o que correu melhor desta desvetura.

* Em homenagem ao meu grande amigo Jorge, que já partiu desta vida, deixo aqui esta música da sua banda predilecta que ele cantava tantas vezes e que marcou aquela época da minha amizade com ele.    

Das memórias desta história e passando à cerveja provada, tem uma bonita cor ambar com um dedo de espuma com retenção baixa. Translúcida e com boa carbonatação.
Aroma caramelizado e resinado 
Bom equilíbrio entre o amargor e o sabor licoroso. 
Os seus 6.7% ABV fazem bem o seu trabalho de aquecer num dia chuvoso de Março.
Expectativas mais uma vez não defraudadas com esta Abbaye de Vauclair.













domingo, 3 de agosto de 2025

Cambodia - Angkor


Primeira vez que vejo (talvez nunca tivesse reparado) à venda e que bebo um cerveja do Camboja.
Instantaneamente veio-me à memória uma musica antiga, já não me recordo bem da letra a canção e até pensei que o refrão fosse "Cambodia" mas graças à preciosa ajuda da pesquisa por microfone da Google, ao trautiar a musica o resultado foi "Lapponia, uma canção Filandesa da Eurovião em 1977, que em nada tem a ver com esta região, ah preciosos auxiliares de memória que são estas novas tecnologias . De qualquer forma, tinha feito uma pesquisa antes que me tinha devolvido um hit dos anos 80 da bela Kim Wilde, e essa sim, chamada "Cambodia" 


De volta à cerveja, faz referencia no seu nome a Angkor, local arqueologico que abriga os restos de várias capitais do império Khmer, onde se inclui o celebre Angkor Wat, o principal templo do complexo de Angkor e o maior monumento religiosos do mundo, patrimonio da UNESCO e um dos mais importantes destinos turisticos do sudeste asiatico. É um simbolo do Camboja e está presente na bandeira do pais. (*1) (*3)

Budistas no templo de Angkor Wat (*2)

(*3) Bandeira do Camboja

Cerveja suave de corpo leve com 5% ABV, rótulo bonito e aroma a malte, amargor.muito subtil, cor translúcida amarelo dourado e boa formação e retenção de espuma branca. Muto fácil de beber e ao som da Kim Wilde.


(*2) Por sam garza - originally posted to Flickr as Angkor Wat, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7709377