domingo, 14 de janeiro de 2024

Hei Hei Viiking (Strong Beer 12%)


Agarrei-a ali num super mercado Indiano da João XXI que costumam ter uma oferta variada de boas cervejas internacionais, foi um pouco sem pensar que a trouxe até porque hesitei em abri-la dada a sua forte graduação e o desconhecimento da cervejaria. 
Após ter tentado saber mais acerca desta marca nórdica, que no site oficial nos indica ser produzida pela A Harboes Bryggeri A/S que é a terceira maior cervejaria da Dinamarca e com uma subsidiária na Alemanha; A Darguner Brauerei GmbH.
Também fiquei a saber que a família Harboe, que já vai na 6ª geração, é coproprietária e administra a empresa desde 1883, juntamente com os acionistas. 
A cervejaria localiza-se em Skælskør, onde tudo começou e para além da Viiking, mais marcas são produzidas, com a Bear Beer.


Para além do que fui sabendo e lido alguns comentários, eis que um dia, depois de a ter colocado no frigorífico, ofereci-a ao meu cunhado que a partilhou comigo e não é que era boa e o álcool não se fazia sentir da maneira que eu pensava? É verdade que se deixou a cerveja respirar como se faz com o vinho e isso pode fazer a diferença.
Não fiz a avaliação na altura e agora faço-o recorrendo um pouco à memória que ficou mas acho que é merecido a referência neste blog e quem sabe se um dia não vou lá buscar outra e actualizo a apreciação. 
De cor amarela, um pouco opaca, formação de espuma branca com pouca retenção. 
Aroma a malte e muito agradável. 
Sabor algo adocicado (o que pode ser devido ao uso de xarope de glicose) e com a presença bem vincada dos 12% de álcool, mas não me pareceu aquele exagero que vi nalguns comentários em sites de prova de cerveja sobre o alto teor de álcool e o ardor que se fazia notar.
Quem sabe a repetir e talvez a  experimentar as irmãs de 8% e 10%
Lembrei-me derivado ao nome de uns desenhos animados que passavam na minha infância, ali pelo final dos anos 70 e talvez inicio de 80 do pequeno Wickie, cuja musica me ficou gravada e que inclusive acho que tinha o single. Pensei que a voz fosse do Tozé Brito, mas já vi um comentário no youtube que o cantor seria um tal de Nuno Dias. Que se lembra deste tesourinho ?










quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Wheat Beer (Lidl)


Oferta da minha irmã, comprada no Lidl. Nunca a vi à venda nas vezes que lá fui, mas tal como, por exemplo a Mythos, que comprei uma vez e nunca mais dei por ela, devem ser daqueles produtos que aparecem uma vez por outra ou então em mercados de cerveja com excelentes oportunidades em folheto.
Rótulo alusivo à Oktober fest. Produzida na Alemanha, mas dá a ideia pelo que lê na lata de ser comercializada pelo Lidl em Dublin e na Grã Bretanha.
Cerveja de cor meio alaranjada, turva, formação de espuma branca de 1 a 2 dedos e retenção baixa.
Aromas a banana, a mel e Malte de Trigo. 
Sabor suave, a banana, levedura com pequena acidez. Bom balanceamento entre o dulçor do malte e algum amargor no final de boca. Corpo leve e um pouco aguado.
Fácil de beber com 5% ABV. Apesar de não saber o preço acredito que seja mais uma boa proposta dentro da qualidade/preço oferecida pelo Lidl. 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Tuborg (...e memórias da versão Strong em Portugal)


A Tuborg é uma cervejaria dinamarquesa fundada no sec. XIX num porto em Hellerup, no norte de Copenhaga. 
Desde 1970 que faz parte do Grupo Carlsberg
Philip Heyman foi um industrial judeu dinamarquês que co-fundou em 1873 a Cervejaria Tuborg, juntamente com Carl Frederik Tietgen , Gustav Brock e Rudolph Puggaard. Após a morte de Heyman, a Cervejaria Tuborg fundiu-se com a "De Forenede Bryggerier" em 1894, que desta forma celebrou um acordo de participação nos lucros com a Carlsberg em 1903.
Benny Desau, genro de Heyman , foi diretor do De Forenede Bryggerier, seguido pelo seu filho Einar Dessau em 1919.
Durante a ocupação , devido à sua origem judaica, Einar Dessau teve que fugir para a Suécia, onde se juntou ao trabalho da resistência e após a guerra, retomou o seu cargo na Tuborg. (*1)

A garrafa Tuborg em 1888 (*1)

Já lá vão uns bons anos desde que não bebo uma Tuborg, em especial uma que apareceu no nosso país, que era a Strong com 7.2 %, pareceu-me ter lido que era produzida pela Superbock em Leça do Balio, o que se confirma pelo rotulo que encontrei numa página (*2) e que aqui deixo uma imagem.


Era uma novidade na altura, mas não apreciava muito, talvez por se sentir mais a graduação alcoólica (hoje em dia é perfeitamente natural aquele teor), talvez por ser mais amarga e intensa, ou por só conhecer o sabor das tradicionais Sagres e Superbock. Mas marcou ali uma altura nos anos 90, que nem foi de boas memórias. Tal como não é o presente momento em que recebi uma notícia muito triste, que me deixou absolutamente desolado.
Mas mudando a conversa, vi esta Tuborg á venda numa mercearia Romena e não resisti numa espécie de regresso ao passado. Disseram-me que era diferente por ser elaborada com água da Roménia.
Com uma garrafa verde elegante, e o símbolo da coroa no nome, apresenta-se de cor dourada e translúcida. Formação de um dedo de espuma com pouca retenção. Boa carbonatação.
Aroma a malte, herbal e maçãs 
Sabor a malte e com final de boca com amargor bem aceitável. 
Com 5% ABV não é má de se beber e de facto têm um sabor algo diferente. 
A concluir e numa breve pesquisa que fiz verifiquei que existem pelo menos duas Tuborg Strong com graduações diferentes; uma no site oficial da Calsberg Group com 6.1 % (*3) e outra vendida em Itália com 8 % (*4), portanto aquela que era produzida em Portugal ficava pelo meio. Pena que já não se faça por cá





quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Caracu - Receita Subversiva


Imagem forte com um touro caracu, raça bovina desenvolvida no Brasil colonial com pelos lisos e avermelhados, sendo que a maioria apresenta a cor amarela ou baia podendo chegar a vermelho tijolo. (*1)
Caracu é uma cerveja do tipo Sweet Stout fabricada pela AmBev.
Em novembro de 1899 o empresário Carlos Pinho implantou a "Fábrica de Cerveja e Gelo" na cidade de Rio Claro. Um dos primeiros produtos lançados foi a cerveja preta batizada "Caracu".
E ao que parece são famosas as receitas de Caracu com ovo e amendoim, tidas como energéticas e mesmo afrodisíacas. (*2) (*3) 


Vi-a à venda a primeira vez numa loja de produtos Brasileiros e prendeu-me a atenção por ser diferente com a imagem forte e impactante de um touro da raça caracu
Com a curiosa frase de receita subversiva na lata é uma cerveja de cor preta, formação de espuma creme, retenção média de dois dedos.
Aroma a chocolate, malte tostado
Sabor a malte tostado, caramelo e adocicado 
Boa carbonatação e agradável de beber. 
Com 5,4% ABV deve ser boa para acompanhar um bom rodízio de carnes ou uma churrascada à Brasileira. 







quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Kingficher - Rei das Cervejas


Kingficher, cerveja Indiana, provavelmente a cerveja mais vendida por lá. Por cá não se vê muito, encontrei-a num supermercado Indiano com um bom lote de cervejas diversificadas.
É uma cerveja produzida pela United Breweries Group. A marca foi introduzida pela primeira vez em 1857 e relançada como Premium em 1978 por Vijay Mallya .
 Com uma participação de mercado de mais de 36% na Índia, também está disponível em 52 outros países a partir de 2013. (*1)

Garrafa verde com boa apresentação, rótulo com imagem de um pássaro colorido, talvez um colibri.
Cor dourada, transparente e carbonatação média. Boa formação de espuma branca e creme com dois dedos de espuma, retenção média a baixa.
Aroma a malte com notas herbais.
Sabor a malte, com um amargor razoável que perdura apos final de boca.
Cerveja leve com 4,,8% ABV


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Gurkha


Cerveja comprada num supermercado Indiano na XXI, ao pé da antiga Diapasão onde tive aulas de guitarra, pensei que fosse Nepalesa mas ao que apurei é produzida no Reino Unido e não há qualquer prova que exista no Nepal, mas faz-me divagar para o livro "Viagem ao mundo da droga". Comecei 
a ler este livro, estava eu a passar umas férias de verão com os meus Pais no Inatel de Albufeira, apesar de grande, recordo que se lia bem, quase um livro de aventuras passadas em Katmandu, e com o cenário dos Himalaias, mas também pesado, pela experiencia do autor Charles Duchaussois nas drogas, levando-o ao abismo e à degradação. Dentro da mesma temática, gostei mais que os "Filhos da Droga" de Christiane F. 


Referencia ainda aos Gurkhas que dão o nome à cerveja, são soldados nativos do subcontinente indiano, residindo principalmente no Nepal e em algumas partes do nordeste da Índia.
As unidades Gurkhas são compostas por Nepaleses e Gurkhas indianos (indianos de língua nepalesa), e são recrutados para o Exército Nepalês, para o Exército Indiano, para o Exército Britânico (Esta força de elite é conhecida pela sua bravura, pela utilização do kukri e de técnicas de artes marciais), para o Contingente Gurkha em Singapura, para a Unidade de Reserva Gurkha em Brunei, para as forças de manutenção da paz da ONU e em zonas de guerra em todo o mundo. (*1) (*2)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_gurca

Símbolo do Kukri e referencia à coragem e
 bravura dos lendários Gurkhas na garrafa

A Cerveja apresenta-se de cor dourada, transparente e boa formação de espuma branca de dois a três dedos. Retenção razoável.
Aroma a malte de Cevada , herbal
Sabor a malte de Cevada, pão, suave, aveludada pela doçura do malte, amargor suave (que se pode dever ao malte de trigo que faz parte da sua composição) e quase inexistente. 4,8% ABV
Surpresa agradável e boa de se beber.