Tal como na mitologia Grega em que a Fénix renasceu das cinzas, os monges da abadia de Grimbergen a norte de Bruxelas ressuscitaram a cerveja que estava "morta" há 220 anos, usando a mesma receita antiga.
Mestres cervejeiros desde o Sec. XII, conta-nos a história que durante um momento de aflição durante a revolução Francesa e antes que a biblioteca fosse destruída esconderam livros com receitas num local secreto (um buraco escavado na parede) e escapar dessa forma à destruição de um incêndio. Quando a Abadia de Grimbergen voltou a funcionar e apesar dos livros recuperados, a receita não voltaria a ser produzida. Com o passar do tempo deixaram de produzir cerveja, de a saber fermentar e até há bem pouco tempo nem sabiam onde estavam os livros. Uma vez localizados depararam-se com outro problema, como estavam escritos em Latim e Holandês antigo perceberam que tinham deixado de saber ler as receitas. Após quatro anos de investigação foi possível recuperar a receita e ressuscitar a cerveja, com os ingredientes naturais e os métodos de fabrico de antes, mas adaptada ao gosto do consumidor do XXI, porque a cerveja que se consumia há dois séculos era mais ou menos como pão liquido. (*).
O mosteiro foi fundado no ser. XII e ardeu três vezes. Por ter ficado em cinzas, mas nunca ter desaparecido faz-se representar por uma Fénix.
Ora bem então passemos à prova que fiz da Grimbergen Bonde, comercializada pelo grupo Carlsberg, e distribuída em Portugal através da Superbock (Corrijam-me se estiver errado). É uma cerveja de fermentação alta com um rótulo bastante bonito da fénix. Cor âmbar, com um dedo de formação de espuma branca, boa retenção apesar da espuma descer mais depressa que esperava, carbonatação média, aroma floral, caramelizado, e também a banana. Sabor adocicado a caramelo, e final de boca com algum amargor e seco, característico das cervejas Belgas, e embora diferente, faz-me lembrar de alguma maneira a leffe. Cerveja bastante agradável com 6.7 % ABV.
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