Nos tempos da revolução Francesa os monges Trapistas tiveram de abandonar a Abadia em La Trappe. Em 1793 um grupo desses Monges chegou a Antuérpia planeando fixarem-se no Canadá, mas o Bispo de Antuérpia convenceu-os a estabelecerem-se numa pequena propriedade em Westmalle. Entre 1815 e 1830 o mosteiro estava dentro do território do Reino Unido dos países Baixos, onde o governo queria abolir ordens contemplativas como a dos Trapistas, contudo os monges provaram a sua utilidade para a sociedade, fundando uma escola e estabelecendo uma guest house e em 1836 o priorado converteu-se em Abadia. Depois de algum tempo a construção iniciou-se em 1900 e em 1930 a o estabulo foi renovado onde se estabeleceu uma nova cervejaria nos terrenos da Abadia. (*2)
Seguindo um pouco "os caminhos das Trappists", esta é a quarta cerveja que experimento das onze que são autorizadas a usar o selo da autenticidade (*3), e este selo tem o peso de qualidade que não deixa ninguém indiferente. Passando então à minha prova, oferta da minha irmã mais nova, é uma cerveja dubbel de cor castanho escuro, com excelente formação de espuma bege e retenção magnifica parecendo formar um creme. Aroma a malte, no paladar passas de uva, caramelo e final seco sobressaindo algum amargor com uns respeitáveis 7% ABV. As papilas gustativas agradecem.
(*1) https://www.trappistwestmalle.be/en/brewery