A Super Bock tem tido nos últimos anos ideias inovadoras que saem das suas linhas de produção para surpreender os consumidores de cerveja. Recordo por exemplo a excelente edição comemorativa dos 90 anos, da qual tenho pena que tenha sido limitada, mas cá fico a aguardar, se tudo correr bem até lá, que lancem uma dos 100 anos. Mas voltando às ideias inovadoras, esta edição Oktober é um bom exemplo disso, e não me recordo de em Portugal ter sido alguma vez lançada uma cerveja nacional a comemorar a famosa festa Alemã.
É uma recriação do estilo de cerveja tradicional Alemão Märzen, que foi produzido originalmente, para celebrar o fim das colheitas, e servido em 1872 pela primeira vez naquela que se veio a tornar na maior festa mundial de cerveja. (*1)
Com um rótulo engraçado, tendo os padrões de cores azuis da Oktoberfest, é uma ideia muito agradável, que no entanto não acompanhou as expectativas que eu depositava nela, ou seja é uma cerveja com uma cor âmbar e uma boa formação de espuma creme (Beneficiada aqui pela estreia da minha caneca Super Bock), um aroma a notas de caramelo, que me fizeram lembrar um pouco a Super Bock Abadia, mas que depois no gosto soube-me um pouco a desilusão, que não sei bem explicar, tem um final de boca amargo, só que o sabor é um pouco desagradável, parece-me que há aqui um certo desequilíbrio entre os maltes e os lúpulos, dá ideia de qualquer coisa não ter corrido bem, lembrando-me uma Abadia, mas mais descuidada.
Segundo a Super Bock, foi usado maltes selecionados e lúpulos nobres Alemães, mas repito, é uma combinação que não me parece ter corrido lá muito bem.
Eu gosto muito da Super Bock e quem me conhece sabe disso, e tem saído excelentes receitas da fábrica de Leça do Balio, mas em relação a esta edição que só vai estar disponível durante algum tempo, espero que para o ano, caso seja novamente lançada, que a sua receita seja efetivamente melhorada.