quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Bohemia...Alentejana




A Bohemia Pilsener é cerveja muito agradável e bem conseguida pela Sagres. Ao estilo German Pils, junta-se a particularidade de ter na sua produção cevada do Alentejo. O processo de autenticação de utilização de cevada do Alentejo é certificada pela Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC) evidenciada no selo do rótulo, onde também consta uma homenagem à região com imagens de um sobreiro e ao traçado das suas mantas típicas. A cevada utilizada é fornecida por produtores regionais certificados e associados pelo Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul. (*1) (*2)

É uma cerveja de cor dourada, ligeiramente turva, boa carbonatação e formação com dois dedos de espuma. Aroma a malte e floral. No Paladar um equilíbrio entre a doçura do malte e o amargor do lúpulo. Uma cerveja com 5.7% ABV.

Mas permitam-me que aos prazeres da cerveja, e já que falamos no Alentejo, junte uma das suas grandes tradições, para além das mantas típicas e o sobreiro aqui referidos; que é a música, interpretada pela bonita voz de Celina da Piedade.

(*1) https://blogcervejariavirtual.com/2016/09/29/o-estilo-german-pils/

(*2) https://www.distribuicaohoje.com/producao/bohemia-apresenta-bohemia-pilsener-cevada-do-alentejo/



sábado, 26 de dezembro de 2020

Piraat (...of Ertvelde)


E foi ao som da banda sonora dos "Piratas das Caraíbas" que provei esta poderosa Piraat, qual rum armazenado no porão de um qualquer navio pirata com a "Jolly Roger" hasteada. (*1)
Uma cerveja com 10,5% ABV que nos embala a imaginação ao projetarmos a correria de um Jack Sparrow perseguido pela praia.

(Fonte da Foto: https://www.magazine-hd.com/apps/wp/disney-capitao-jack-sparrow/)

A Piraat é uma Belgian Golden Strong Ale que fermenta na própria garrafa. Oriunda de Ertvelde, perto de Ghent foi criada em 1988 pela cervejaria Van Steenberghe, após o sucesso da sua Gulden Draak, e onde foram usadas as mesmas leveduras de vinho exclusivas desta última. Na sua elaboração são utilizados também três tipos de malte (Pale Ale, Pilsener e Munich) e dois tipos de lúpulo (Aurora e Petra). (*2) (*3)



A prova: É uma cerveja de cor âmbar, algo turva, com excelente carbonatação e formação de espuma (dois dedos e meio) e que deixa no copo um bonito rendilhado branco. Aroma a caramelo e pêssego. Na boca um paladar intenso e licoroso, com um final de boca marcante.

(*1) https://pt.wikipedia.org/wiki/Jolly_Roger

(*2) https://www.vansteenberge.com/en/the-top-beers/piraat

(*3) https://www.beertourism.com/blogs/belgian-beer/piraat


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domingo, 20 de dezembro de 2020

Leão de Munique


A Löwenbräu é uma cerveja de que gosto, recordo-me de uma vez estar no saudoso Burguers & Beer do Saldanha e depois de ter bebido uma ou duas cervejas de alto teor alcoólico, pedi uma Löwenbräu e foi quase que um agradável bálsamo refrescante.

Tendo já aqui feito um post sobre a marzen da Oktoberfest, chega a vez da original. Vamos então falar um pouco da história da marca do leão.

Em 1746/47 o nome Löwenbräu é mencionado nos registos de impostos de Munique. Em 1818 o cervejeiro Georg Brey compra a Löwenbrauerei e com ele começa a ascensão económica, tornando-se a Löwenbräu na maior cervejaria da cidade em 1863/64. Em 1872 é vendida, convertendo-se em sociedade anonima. Em 1912 a Löwenbräu fabrica quase um milhão de hectolitros de cerveja por ano.


A turbulência da primeira grande guerra não ficou sem consequência para a cerveja Löwenbräu, e no final a sua produção era quase metade da dos anos anteriores à guerra. Pelo meio das duas grandes guerras; disponibiliza novamente a sua cerveja forte: "Triumphator", aumenta as suas actividades de exportação, funde-se com a "Union Brewery Schülein & Cie", fabrica cerveja de trigo pela primeira vez e fornece cerveja aos dirigíveis Zeppelin. Em Em 1997 para fazer face aos desafios da globalização une forças a outra cervejaria de Munique: A Spaten. E desde 2004 o grupo Spaten-Franziskaner-Löwenbräu faz parte da InBev, a maior cervejeira do mundo com cerca de 200 marcas de cerveja, dando contudo, importância à independência das marcas e às suas raízes nas respetivas regiões. (*1)

Depois de uma breve passagem pela sua historia, a prova na caneca da versão original; Espuma consistente, branca e duradoura, cor amarelo dourado translucido com carbonatação media. Aroma a malte, milho e algo cítrico. Paladar refrescante, com bom equilíbrio entre o amargor do lúpulo e o malte, final de boca seco e ligeiro amargor. Cerveja de qualidade Alemã.



domingo, 13 de dezembro de 2020

Vadia Loira

 


A cerveja Vadia faz-me recordar uma vez em que falei dela a uma colega, e eventualmente lhe terei mostrado a foto do rotulo com a silhueta de uma mulher sensual (ou mais parecido com uma stripper). Ora esse rotulo, pouco abonatório em conjunto com o nome de Vadia, ter-lhe-á causado um gesto de repudio. E é provável que esta associação do nome e desta imagem, tenha causado alguma desaprovação, e talvez por isso os donos da Vadia tenham decidido alterar a imagem da marca. 


Foi das primeiras cervejas artesanais que vi, hoje é um mercado que prolifera no nosso país, mas andava ao tempo para experimenta-la e quis assim assinalar o primeiro ano deste blog com a prova desta cerveja. Nasceu do gosto comum de três amigos, Nicolas Billard, Nuno Marques e Victor Silva em meados de 2007. Sediada em Ossela, Oliveira de Azeméis, já conquistou inúmeras medalhas nos principais concursos internacionas de cerveja como o World Beer Awards ou o Brussels Beer Chanllange. Para além das instalações onde a Vadia é produzida existe também neste espaço um Brewpub onde se fazem espetáculos de música ao vivo, stand up comedy entre outros. (*1)


Assim, e como já referi abri esta Vadia German Pilsner elaborada com lúpulos oriundos da Alemanha para brindar ao ano um deste blog: "Uma Cerveja no Charco", e no copo ficou à vista a sua cor âmbar, de aspecto turvo com cerca de um dedo de espuma, não muito duradouro, mas que a vai retendo. Com aromas que me pareceram algo de herbal, floral ou mesmo de pêssego. O sabor é suave e com final de boca com amargor muito ligeiro e seco talvez. É uma cerveja agradável com 5% ABV.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Erdinger Pikantus


Antes de falar sobre esta Erdinger Pikantus, apenas uma breve referência a sua história:

Fundada em 1886 na região da Bavária, por Johann Kienle, a Erdinger Weissbräu dá inicio ao seu sucesso como produtora de "weizenbier" - weizen (trigo) bier (cerveja). A família Brombach foi a principal impulsionadora da cervejeira como a conhecemos hoje em dia. O Sr. Franz Brombach tomou posse da cervejeira em 1950, passando em 1975 o seu legado para o filho; o Sr. Werner Brombach que até aos dias de hoje gere a cervejeira, levando o selo de tradição e qualidade a mais de 70 países. (*1)

Passando então à Pikantus, é uma cerveja escura de maltes tostados de trigo e cevada que passa por um longo processo de maturação que lhe confere um sabor forte e complexo. (*2)



Achei que é uma cerveja de cor escura, cobre, com uma interessante carbonatação, apesar de a retenção de espuma não ser muito duradoura. De aromas a malte e caramelo. O sabor é de malte, com a carbonatação a fazer-se sentir, e o final de boca é suave e talvez seco. Não se nota absolutamente nada os seus 7,3% ABV. 

Uma cerveja diferente daquelas a que estamos habituados a ver (e a beber) na Erdinger. 


(*1) http://www.dcnbeers.com/brands/erdinger 

(*2) http://bierwein.com.br/erdinger 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Coruja American Amber Ale


A Coruja foi lançada pela Super Bock devido ao crescente interesse e curiosidade dos consumidores na cerveja artesanal, e que surge numa linha de inovação que a empresa tem seguido nos últimos anos, sobretudo através da gama Seleção 1927, como é referido nesta notícia pelo director de Maketing da Super Bock Group (*1)

Com ingredientes 100% naturais, as cervejas Coruja distinguem-se pelo carácter especial ao serem produzidas utilizando a técnica de dry hopping, que consiste no adicionar tardio do lúpulo ao processo de fabrico o que intensifica o aroma e a experiencia sensorial. (*1)

Foram inicialmente lançados três estilos: A Session Saison (que já tive oportunidade de a experimentar há coisa de ano e meio, tendo-me agradado bastante, mas tenho pena que tenha saído do mercado), a India Pale Ale e a American Amber Ale, que abordarei neste post e que é nos apresentada com uma afinidade harmoniosa entre o caramelo e o malte tostado. (*2)

Ora, na prova que fiz, fez uma boa formação de espuma com cerca de 1 a 2 dedos, embora pouco duradoura, apresentando uma cor âmbar com boa carbonatação, aroma frutado e também notas cítricas. No paladar um sabor lúpulado, acentuado pela técnica do dry hooping e final de boca com amargor acentuado e uns 5,3% ABV. 

Em suma, uma cerveja agradável de se beber. 

(*1) https://www.revistadevinhos.pt/noticias/coruja-e-a-nova-marca-da-super-bock-para-cervejas-especiais

(*2) https://www.superbockcoruja.pt/corujas/american-amber/