segunda-feira, 1 de abril de 2024

Erdinager Oktoberfest - Um brinde à festa


Esta é daquelas que sabia que não iam desiludir, comprada no Aldi, com uma imagem muito alegre alusiva à grande festa da cerveja e mundialmente famosa.
Mas tal como é referido no site da marca (*1) é também ideal para festas e essas podemos fazê-las em qualquer altura ou em qualquer lado, entoando a música: “Prosit der Gemütlichkeit” (*2) que abre a oktober fest, ou outra da nossa preferencia. O selo de qualidade de fabrico conforme as leis da pureza da Baviera, esse está sem qualquer duvida estampado nos belíssimos e típicos aroma e sabor das cervejas de trigo.
Cor dourada, amarelo escuro, turva, excelente formação de espuma branca com boa retenção.
Aroma simplesmente fantástico a banana, frutado e maltado. 
Sabor suave característico desta cerveja de Trigo com um equilibrado amargor no final de boca. 
Um pouco mais alcoólica com 5,7%, mas não excessivamente, do que a weissbier e a Dunkel, mas com aquelas características que fazem a Erdinger a cerveja que é, e que eu adoro. 


Orval


Num dia de tristeza e má memória para mim, pois faz um ano que a minha Jamila partiu e cinco semanas que a minha Clarinha também partiu, Eis que chega finalmente a tão aguardada prova da Orval que tão grande prestígio tem.
Ontem ao ver o prazo estranhei a diferença tão grande entre a data de produção e a data limite. 5 anos, mas segundo o que li, parece que quanto mais próximo do limite melhor, quase como um bom vinho maduro e que inclusive a graduação alcoólica pode aumentar.
Não há dúvida que se distingue das demais.
Foi feita pela primeira vez em 1931 e tem um sabor complexo, incomum e aroma produzido por uma única variedade de levedura: Brettanomyces lambicus. A cerveja é de cor clara, ligeiramente turva e tem uma boa carbonatação e espumosa.
Engarrafada num formato muito característico, é depois amadurecida por um mínimo de quatro semanas antes de ser distribuída, e como é condicionada à garrafa o sabor pode evoluir ao longo do tempo como já tinha referido.
A Brasserie d´Orval localiza-se dentro das muralhas do mosteiro da Abbaye Notre-Dame d´Orval na região de Gaume na Bélgica. Provas do fabrico de cerveja remontam aos primeiros dias do mosteiro. Um documento de 1628 refere-se ao seu consumo, bem como o do vinho pelos monges. 
Em 1931 a actual cervejaria foi construída, empregando leigos e destinada a fornecer uma fonte de recursos para a reconstrução do mosteiro, depois de um incêndio em 1793.
A primeira cerveja saiu da cervejaria em 1932, vendida em barris e foi a primeira cerveja trappist a ser vendida nacionalmente.
Tal como acontece com as outras cervejarias trappists, a cerveja é vendida para apoiar financeiramente o mosteiro como também para boas causas. (*1)

*Foto retirada do site oficial na pagina 
https://www.orval.be/en/page/447-untitled-page-447

Excelente formação de espuma creme com uma retenção magnífica, parecendo mesmo um creme que fica à tona. Cor âmbar e opaca. 

Um superbo aroma floral com notas a banana.
Sabor marcante com acentuado amargor e seco. Só aqui não gostei tanto ou esperava que fosse diferente, fez me recordar, embora distante do excessivo amargor da Arrogant Bastard.
Teor alcoólico de 6,2 % que ao que consta pode ir até aos 7,2 %.
Pertence ao grupo restrito das prestigiadas cervejas trappists. 



sexta-feira, 22 de março de 2024

Vermelho (Chimay Rouge)


Terceira e última Chimay que experimento do pack com copo que comprei no El Corte Inglês.
foi produzida pela primeira vez em 1862 e é a veterana da família Chimay, dai a denominação de "Premiere" na sua garrafa de 75cl 
Aspecto com boa formação de espuma bege de dois dedos. 
Cor marron e baço. 
Aroma absolutamente fantástico com notas furtadas, a caramelo é maltado.
Sabor marcante a toffee com acentuado amargor em final de boca que perdura.
Volume alcoólico de 7%.
Representa, com os habituais pergaminhos de qualidade, a cerveja trappist produzida na Abadia de Scourmont. 
A terminar a curiosidade que a Chimay não produz apenas cerveja de qualidade como também queijos, como o "Grand Chimay", a receita mais antiga da queijaria que é o par perfeito desta Chimay Rouge. Tenho pena que não cheguem aqui ao nosso país mas vale a pena dar uma olhada na página




Branco (Chimay Triple)


Uma vez já conhecida a irmã mais famosa, a Chimay Blue, chega a vez da white. Esta Triple remonta ao belo ano de 1966 - data em que nosso o Rei Eusébio brilhou no campeonato do mundo de futebol realizado no berço do mesmo; A Inglaterrra - Mas foi lançada em garrafa de 75cl para comemorar o 500º aniversário do principado de Chimay em 1986 e é por isso que em garrafa de 75cl também é conhecida como Chimay "cinq cents". Esta curiosidade foi retirada do site em Português desta conhecida marca, do qual deixo uma nota bastante positiva que me agradou muito e acredito que também aos fans Portugueses da Chimay. (*1)
Com o selo de qualidade que preconiza esta trappist avancei pois com expectativa.
Fazia ideia de ser diferente, talvez mais de acordo com o sabor de algumas Belgas que já saborei. Mas sem demais demoras passemos à minha avaliação. 
Cor âmbar, alaranjada , turva, coroada com uma boa formação de espuma esbranquiçada com tendencia para o bege e com boa retenção de dois dedos.
Aroma saliente a malte, floral, com uma pitada a baunilha e cítrico. 
Sabor aveludado com excelente equilíbrio entre o malte e o amargor, frutada e com um toque a especiarias. Cerveja encorpada com final de boca com amargor que perdura. Lupulada fez-me lembrar uma IPA. 
Uma trappist forte com 8% ABV.
A qualidade esperada desta marca de referência para os amantes de cerveja e com o selo restrito das Trappistes.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Coors (Delilah, Delilah...)


Primeira cerveja que eu bebo depois da partida da minha doce Clarinha, algo que nunca imaginei que pudesse acontecer tão cedo por ela ainda ter uns aninhos pela frente como eu achava e por ter sido depois da partida da minha Jamilita em menos de um ano. Estou desolado e ainda é difícil de acreditar. Muito provavelmente ela saltaria para o meu colo enquanto provo esta cerveja e é assim que gosto de imaginar. Deixo aqui a minha singela homenagem à minha doce companheira cuja partida deste mundo me deixou aboslutamente destroçado, mas que dela guardarei para sempre momentos inesqueciveis e ficarei eternamente grato por ela se ter cruzado na minha vida.




Acrescento esta sentida música que o grande Freddy Mercury compós para uma das suas gatas preferidas, ele que também era um apaixonado por felinos, tema do Innuendo de que não me recordava, que redescobri na altura da grave doença da minha Clarinha e que para mim há-de lhe ficar associada para sempre.


Passando desta enorme mágoa para a matéria do blog, a Coors, é uma cerveja com uma imagem muito engraçada com umas montanhas que ficam azuis quando a cerveja vai para o frigorífico e fica fria ou gelada. É um efeito térmico que já tinha visto em garrafa e até num copo que tenho. 


A sua história fala-nos que em 1873, os imigrantes Alemães Adolph Coors e Jacob Schueler da Prússia foram para os Estados Unidos e estabeleceram uma cervejaria em Golden, Colorado, após comprarem uma receita de cerveja estilo Pilsner de um imigrante Checo de seu nome William Silhan. 
Coors investiu US$ 2.000 na operação e Schueler US$ 18.000.
Em 1880, Coors comprou a parte de seu sócio e tornou-se o único proprietário da cervejaria.
Em 2005, a Adolph Coors Company, a holding proprietária da Coors Brewing, fundiu-se com a Molson, Inc. (*1)

Imagem retirada de https://pt.wikipedia.org/wiki/Coors_Brewing_Company

Boa formação de espuma branca com retenção média e de cor amarelo pálido e muito translúcida. Bom rasto de espuma no copo. 
Aroma a malte fresco
Sabor leve a malte e suave devido à presença do malte de Trigo. Quase ou praticamente sem amargor e um pouco aguada, mas muito fácil de beber e agradavelmente boa. Carbonatação média e álcool com apenas 4%.
Soube-me muito bem e não é verão senão gelada escorregava muitíssimo bem. 


domingo, 14 de janeiro de 2024

Hei Hei Viiking (Strong Beer 12%)


Agarrei-a ali num super mercado Indiano da João XXI que costumam ter uma oferta variada de boas cervejas internacionais, foi um pouco sem pensar que a trouxe até porque hesitei em abri-la dada a sua forte graduação e o desconhecimento da cervejaria. 
Após ter tentado saber mais acerca desta marca nórdica, que no site oficial nos indica ser produzida pela A Harboes Bryggeri A/S que é a terceira maior cervejaria da Dinamarca e com uma subsidiária na Alemanha; A Darguner Brauerei GmbH.
Também fiquei a saber que a família Harboe, que já vai na 6ª geração, é coproprietária e administra a empresa desde 1883, juntamente com os acionistas. 
A cervejaria localiza-se em Skælskør, onde tudo começou e para além da Viiking, mais marcas são produzidas, com a Bear Beer.


Para além do que fui sabendo e lido alguns comentários, eis que um dia, depois de a ter colocado no frigorífico, ofereci-a ao meu cunhado que a partilhou comigo e não é que era boa e o álcool não se fazia sentir da maneira que eu pensava? É verdade que se deixou a cerveja respirar como se faz com o vinho e isso pode fazer a diferença.
Não fiz a avaliação na altura e agora faço-o recorrendo um pouco à memória que ficou mas acho que é merecido a referência neste blog e quem sabe se um dia não vou lá buscar outra e actualizo a apreciação. 
De cor amarela, um pouco opaca, formação de espuma branca com pouca retenção. 
Aroma a malte e muito agradável. 
Sabor algo adocicado (o que pode ser devido ao uso de xarope de glicose) e com a presença bem vincada dos 12% de álcool, mas não me pareceu aquele exagero que vi nalguns comentários em sites de prova de cerveja sobre o alto teor de álcool e o ardor que se fazia notar.
Quem sabe a repetir e talvez a  experimentar as irmãs de 8% e 10%
Lembrei-me derivado ao nome de uns desenhos animados que passavam na minha infância, ali pelo final dos anos 70 e talvez inicio de 80 do pequeno Wickie, cuja musica me ficou gravada e que inclusive acho que tinha o single. Pensei que a voz fosse do Tozé Brito, mas já vi um comentário no youtube que o cantor seria um tal de Nuno Dias. Que se lembra deste tesourinho ?










quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Wheat Beer (Lidl)


Oferta da minha irmã, comprada no Lidl. Nunca a vi à venda nas vezes que lá fui, mas tal como, por exemplo a Mythos, que comprei uma vez e nunca mais dei por ela, devem ser daqueles produtos que aparecem uma vez por outra ou então em mercados de cerveja com excelentes oportunidades em folheto.
Rótulo alusivo à Oktober fest. Produzida na Alemanha, mas dá a ideia pelo que lê na lata de ser comercializada pelo Lidl em Dublin e na Grã Bretanha.
Cerveja de cor meio alaranjada, turva, formação de espuma branca de 1 a 2 dedos e retenção baixa.
Aromas a banana, a mel e Malte de Trigo. 
Sabor suave, a banana, levedura com pequena acidez. Bom balanceamento entre o dulçor do malte e algum amargor no final de boca. Corpo leve e um pouco aguado.
Fácil de beber com 5% ABV. Apesar de não saber o preço acredito que seja mais uma boa proposta dentro da qualidade/preço oferecida pelo Lidl. 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Tuborg (...e memórias da versão Strong em Portugal)


A Tuborg é uma cervejaria dinamarquesa fundada no sec. XIX num porto em Hellerup, no norte de Copenhaga. 
Desde 1970 que faz parte do Grupo Carlsberg
Philip Heyman foi um industrial judeu dinamarquês que co-fundou em 1873 a Cervejaria Tuborg, juntamente com Carl Frederik Tietgen , Gustav Brock e Rudolph Puggaard. Após a morte de Heyman, a Cervejaria Tuborg fundiu-se com a "De Forenede Bryggerier" em 1894, que desta forma celebrou um acordo de participação nos lucros com a Carlsberg em 1903.
Benny Desau, genro de Heyman , foi diretor do De Forenede Bryggerier, seguido pelo seu filho Einar Dessau em 1919.
Durante a ocupação , devido à sua origem judaica, Einar Dessau teve que fugir para a Suécia, onde se juntou ao trabalho da resistência e após a guerra, retomou o seu cargo na Tuborg. (*1)

A garrafa Tuborg em 1888 (*1)

Já lá vão uns bons anos desde que não bebo uma Tuborg, em especial uma que apareceu no nosso país, que era a Strong com 7.2 %, pareceu-me ter lido que era produzida pela Superbock em Leça do Balio, o que se confirma pelo rotulo que encontrei numa página (*2) e que aqui deixo uma imagem.


Era uma novidade na altura, mas não apreciava muito, talvez por se sentir mais a graduação alcoólica (hoje em dia é perfeitamente natural aquele teor), talvez por ser mais amarga e intensa, ou por só conhecer o sabor das tradicionais Sagres e Superbock. Mas marcou ali uma altura nos anos 90, que nem foi de boas memórias. Tal como não é o presente momento em que recebi uma notícia muito triste, que me deixou absolutamente desolado.
Mas mudando a conversa, vi esta Tuborg á venda numa mercearia Romena e não resisti numa espécie de regresso ao passado. Disseram-me que era diferente por ser elaborada com água da Roménia.
Com uma garrafa verde elegante, e o símbolo da coroa no nome, apresenta-se de cor dourada e translúcida. Formação de um dedo de espuma com pouca retenção. Boa carbonatação.
Aroma a malte, herbal e maçãs 
Sabor a malte e com final de boca com amargor bem aceitável. 
Com 5% ABV não é má de se beber e de facto têm um sabor algo diferente. 
A concluir e numa breve pesquisa que fiz verifiquei que existem pelo menos duas Tuborg Strong com graduações diferentes; uma no site oficial da Calsberg Group com 6.1 % (*3) e outra vendida em Itália com 8 % (*4), portanto aquela que era produzida em Portugal ficava pelo meio. Pena que já não se faça por cá





quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Caracu - Receita Subversiva


Imagem forte com um touro caracu, raça bovina desenvolvida no Brasil colonial com pelos lisos e avermelhados, sendo que a maioria apresenta a cor amarela ou baia podendo chegar a vermelho tijolo. (*1)
Caracu é uma cerveja do tipo Sweet Stout fabricada pela AmBev.
Em novembro de 1899 o empresário Carlos Pinho implantou a "Fábrica de Cerveja e Gelo" na cidade de Rio Claro. Um dos primeiros produtos lançados foi a cerveja preta batizada "Caracu".
E ao que parece são famosas as receitas de Caracu com ovo e amendoim, tidas como energéticas e mesmo afrodisíacas. (*2) (*3) 


Vi-a à venda a primeira vez numa loja de produtos Brasileiros e prendeu-me a atenção por ser diferente com a imagem forte e impactante de um touro da raça caracu
Com a curiosa frase de receita subversiva na lata é uma cerveja de cor preta, formação de espuma creme, retenção média de dois dedos.
Aroma a chocolate, malte tostado
Sabor a malte tostado, caramelo e adocicado 
Boa carbonatação e agradável de beber. 
Com 5,4% ABV deve ser boa para acompanhar um bom rodízio de carnes ou uma churrascada à Brasileira. 







quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Kingficher - Rei das Cervejas


Kingficher, cerveja Indiana, provavelmente a cerveja mais vendida por lá. Por cá não se vê muito, encontrei-a num supermercado Indiano com um bom lote de cervejas diversificadas.
É uma cerveja produzida pela United Breweries Group. A marca foi introduzida pela primeira vez em 1857 e relançada como Premium em 1978 por Vijay Mallya .
 Com uma participação de mercado de mais de 36% na Índia, também está disponível em 52 outros países a partir de 2013. (*1)

Garrafa verde com boa apresentação, rótulo com imagem de um pássaro colorido, talvez um colibri.
Cor dourada, transparente e carbonatação média. Boa formação de espuma branca e creme com dois dedos de espuma, retenção média a baixa.
Aroma a malte com notas herbais.
Sabor a malte, com um amargor razoável que perdura apos final de boca.
Cerveja leve com 4,,8% ABV


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Gurkha


Cerveja comprada num supermercado Indiano na XXI, ao pé da antiga Diapasão onde tive aulas de guitarra, pensei que fosse Nepalesa mas ao que apurei é produzida no Reino Unido e não há qualquer prova que exista no Nepal, mas faz-me divagar para o livro "Viagem ao mundo da droga". Comecei 
a ler este livro, estava eu a passar umas férias de verão com os meus Pais no Inatel de Albufeira, apesar de grande, recordo que se lia bem, quase um livro de aventuras passadas em Katmandu, e com o cenário dos Himalaias, mas também pesado, pela experiencia do autor Charles Duchaussois nas drogas, levando-o ao abismo e à degradação. Dentro da mesma temática, gostei mais que os "Filhos da Droga" de Christiane F. 


Referencia ainda aos Gurkhas que dão o nome à cerveja, são soldados nativos do subcontinente indiano, residindo principalmente no Nepal e em algumas partes do nordeste da Índia.
As unidades Gurkhas são compostas por Nepaleses e Gurkhas indianos (indianos de língua nepalesa), e são recrutados para o Exército Nepalês, para o Exército Indiano, para o Exército Britânico (Esta força de elite é conhecida pela sua bravura, pela utilização do kukri e de técnicas de artes marciais), para o Contingente Gurkha em Singapura, para a Unidade de Reserva Gurkha em Brunei, para as forças de manutenção da paz da ONU e em zonas de guerra em todo o mundo. (*1) (*2)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_gurca

Símbolo do Kukri e referencia à coragem e
 bravura dos lendários Gurkhas na garrafa

A Cerveja apresenta-se de cor dourada, transparente e boa formação de espuma branca de dois a três dedos. Retenção razoável.
Aroma a malte de Cevada , herbal
Sabor a malte de Cevada, pão, suave, aveludada pela doçura do malte, amargor suave (que se pode dever ao malte de trigo que faz parte da sua composição) e quase inexistente. 4,8% ABV
Surpresa agradável e boa de se beber. 


sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Lvivsk 1715


Não esperava encontrar à venda cerveja ucraniana depois do início do conflito militar que opõe esta nação à federação Russa, após a invasão desta em Fevereiro de 2022. É uma guerra que tem deixado o mundo em alerta e extremamente preocupado que com o escalar do conflito não caminhemos para a ameaça nuclear, mas temo que os ponteiros do Doomsday clock se tenham começado a mexer em direção à meia noite. (*1)


À parte deste terror mudemos a agulha para questões mais lúdicas.
A primeira cervejaria industrial em Lviv surgiu em 1715, depois do conde polaco Stanislaw Potocki emitir uma licença aos monges jesuítas para construir uma cervejaria no subúrbio de Lviv, em Cracóvia. Esta data é considerada o início da atividade cervejeira de Lviv.
No tempo da União Soviética, a cervejaria de Lviv tornou-se propriedade do Estado e foi renomeada como fábrica de Kolos. Ao mesmo tempo, a cerveja "Lvivske" recebeu nome oficial e o status de marca registrada. A "Lvivske" manteve a sua qualidade de referência e tornou-se a melhor cerveja da União Soviética.
Após a queda da União Soviética, a fábrica de Kolos foi novamente renomeada como Cervejaria Lviv, e em 1999 tornou-se parte da empresa Baltic Beverages Holding, desde 2008 propriedade do Grupo Carlsberg.
Em 2015, a marca comemorou 300 anos. (*2)
Deixo aqui também uma referencia à bonita cidade de Lviv, fustigada actualmente e aos seus habitantes vitimas inocentes da insanidade da guerra

imagem retirada da reportagem do Washington Post (*3) 

Cerveja com uma garrafa verde muito bonita com relevos e rótulo com um leão dourado com coroa. Remete para uma simbologia algo austera do leste, mas é bem trabalhada.
De cor dourada translúcida, com boa formação de espuma branca e rendilhado que subsiste no copo. Retenção média-baixa. Carbonatação normal.
Aroma bom a malte, fresco e herbal.
Sabor equilibrado e suave, com o dulçor do malte a conduziu o paladar até ao final de boca com algum amargor.
Cerveja leve com 4,7 % ABV
Muito fácil de beber








Brahma Malzbier


Não estava à espera deste estilo quando comprei na loja made in Brazil, a Malzbier é vendida na Alemanha sem álcool, mas de qualquer maneira foi uma boa surpresa.
Malzbier é um tipo de cerveja, criada por Ferdinand Glaab, doce e com baixo teor alcoólico (geralmente entre 0 - 4%), de cor escura, que é fermentada como uma cerveja normal, porém com a fermentação de levedo por volta do 0 °C. O CO₂ e o açúcar é adicionado depois. A Malzbier é geralmente usada como uma bebida energética (*1)
É a primeira Brahma que aqui faço um post, embora já tenha experimentado a original, mas um dia lá chegarei.
A Brahma foi criada em 1888, no Rio de Janeiro, pela Manufactura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia, que depois mudaria de nome para Companhia Cervejaria Brahma, sucedida depois pela AmBev.
A cerveja Brama é a segunda marca de cerveja mais consumida no Brasil, e a nona cerveja mais consumida em todo o mundo.
No Brasil, é considerada a 3ª marca mais valiosa do país (*2)
De cor castanho rubi, boa formação de espuma bege, retenção média a baixa.
Aroma a malte
Sabor adocicado a lembrar uma cerveja de malte, a Coca-Cola, sem praticante amargor e sem perdurar o sabor na boca.
Com referencia na lata a 4% ABV (excelente), embora no site oficial apareça com 3,8% 
Leva açúcar de cana e corante de caramelo na sua composição.
Agradável