sábado, 16 de novembro de 2024

Sherpa(s), Himalaias e Jonathan


Comprada aqui num Nepalês próximo de e minha casa onde tem uma óptimas chamuças. Pensei que era desta que ia beber uma cerveja realmente produzida no Nepal, mas ao pesquisar na net ao que parece é fabricada num país Nórdico, penso que na Finlândia e distribuída a partir da Bélgica. Acho que foi aproveitado o nome de uma cervejaria no Nepal, que ao tudo indica fechou portas, ou pelo menos fiquei com essa ideia ao ler na net, mas evidentemente carece de confirmação, ainda para mais com um site em cima. (*1)
Sobre alguma pesquisa que fiz sobre o nome "Sherpa" fui dar a um povo que são parte de uma etnia local de origem Tibetana, considerado o povo "guardião da montanha" ou seja dos Himalaias, a mais alta cadeia de montanhas que cruza varios paises como o Nepal, a India ou o Tibete. (*2)
Hoje vivem aproximadamente 150 mil sherpas e localizam-se a leste do Nepal e a norte de Katmandu. Como têm uma relação muito particular com as montanhas, não só pela sua orgem, vivência e trabalho, o seu organismo adapta-se bem à falta de oxigenio e são requeridos por exploradores e alpinistas, como guias e carregadores de tanques de oxigenio para suporte e por vezes até o proprio alpinista despreparado às costas para a foto final no Everest. (*3)


Toda esta ambiência levou-me a um dos grandes clássicos de BD de estilo Franco-Belga; o Jonathan. Com argumento do suiço Cosey, é uma serie profundamente humanista e um hino à amizade, em que os primeiros livros decorrem precisamente nos Himalaias, onde encontra a pequena Tibetana Drolma, o Neal, o invisivel Sylvester e a bonita Kate. (*4) Eesta é uma serie amplamente premiada que eu tive oportunidade de adquirir, quase completa, aquando do seu lançamento através da parceria ASA/Público. Alias este post é um bom pretexto para regressar ao livro seguinte que ainda não li.


A Cerveja é leve com 4.5 % ABV, boa apresentação com rótulo que faz lembrar os Himalaias, de cor amarelada e algo turva, faz uma boa espuma de dois dedos com uma retenção média-baixa. 
Aroma a malte e cítrico.
Sabor suave a malte com tons cítricos, alguma acidez e amargor razoável no final de boca. Baixa carbonataçõo.
Penso que no contexto de acompanhamento de pratos Nepaleses e com alguns picantes faça uma excelente parceria.





sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Cusqueña (Machu Picchu e les Mystérieuses Cités d´Or)


Finalmente aberta após um dia de trabalho aqui num momento de relax, e após ter sido guardada durante algum tempo, adquirida numa feira de rua aqui próximo de mim.
Quando a comprei o senhor fez questão de me referir o símbolo de Machu Picchu na carica.


Considerada uma das sete maravilhas do mundo, também considerada a cidade perdida dos Incas, localiza-se numa montanha a 2400 metros de altitude, no vale do Urubamba, Peru. Foi construída no inicio do Século XV, por volta de 1420 sob a ordens de Pachacuti. Somente e, 1911 foi descoberto. Tem duas áreas principais a agrícola formada por terraços e locais de armazenamento de alimentos e a urbana onde ser destaca a zona sagrada dos templos, praças e mausoléus reais. No meio dos templos as casa, templos e cemitérios estão dispostos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço para escadarias, segundo a história Inca tudo pensado para a passagem do deus sol. Machu Pichu foi elevado à categoria de património mundial da UNESCO. (*1)


Toda esta envolvência fascinante e misteriosa remeteu-me para momentos mágicos da minha adolescência, em que naquela caixinha a cores (sim na altura já era) passava ao final da tarde e depois das aulas os desenhos animados das "Misteriosas cidades de ouro", uma animação franco-japonesa exibida pela RTP em 1985, em que Esteban, Zia e Tao se envolviam numa longa aventura cheia de descobertas e perigos e que eu refastelado no sofá da sala da minha casa, assistia maravilhado enquanto comia um delicioso lanche preparado pela minha Querida Avó. 
Tal como muitas crianças da mina idade, era o momento alto do dia e aquele em que eu mergulhava no mundo da fantasia em contraposição com a chatice das aulas e deveres. Aquela musica da introdução regressa sempre que penso na animação e que me leva invariavelmente aquela época. (*2) 


Com mais de 100 anos, a origem da Cusqueña remonta ao inicio do Sec. XX, em Cusco, capital do império Inca, também chamado de “Umbigo do Mundo”. 
A Cervecera Alemana, foi fundada em 1908 por Ernesto Günther e sócios.
Nas garrafas da Cusqueña existe a particularidade de ter entalhada no vidro a Pedra dos 12 ângulos, símbolo da maestria e paixão que os incas colocavam no seu trabalho. Incrustada num muro de Cusco, destaca-se pela sua simetria e exatidão, e foi esculpida com tanto cuidado que, nem mesmo um alfinete pode caber entre as pedras. (*3)
As tampas e o rótulo têm a imagem da cidade histórica de Machu Pichu

Pedra dos 12 ângulos (*4)

As garrafas oussuem entalhada no 
vidro a Pedra dos 12 ângulos

Cor dourada, cristalina, formação de um a dois dedos de espuma e retenção média baixa.
Carbonatação media.
Aroma fresco a malte e herbal.
Na boca um sabor suave e adocicado, praticamente sem amargor.
Corpo leve com 4.8% ABV.
Uma cerveja Peruana agradável de se beber.




segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Almaza - Proudly Lebanese


A primeira vez que ouvi falar da Almaza foi através de um amigo meu que gosta de a beber num restaurante Sírio. Fiquei de olho nela e assim que a vi à venda numa mercearia de produtos da Palestina e do médio oriente (*1) trouxe-a logo comigo.
Garrafa com rótulo simples e agradável, cor dourada a pender para o âmbar. 
Boa formação de espuma branca e até creme de um a dois dedos e retenção média baixa.
Aroma muito agradável a malte e herbal.
Sabor muito suave, com notas de malte e cereal.
Leve e muito agradável de se beber, especialmente se for num dia com 38,% como o de hoje.
Originária do Líbano, pequeno País do médio oriente, marcada por conflitos ao longo da sua história e dominada por diversas potências como é o exemplo pelos Turcos e pelos Franceses. Faz fronteira com a Síria e com Israel, numa zona fortemente fustigada por guerras e conflitos.
Voltando ao Líbano e apesar deste cenário adverso, tem belas paisagens, é banhado pelo mar mediterrâneo, tem um povo acolhedor e a sua capital Beirute já foi considerada a Paris do médio oriente.

https://www.tripadvisor.pt/Tourism-g294005-Beirut-Vacations.html

Precisamente em Beirute que foi fundada em 1933 pelas famílias Jabre, Comaty e Angelopoulu, a Brasserie Almaza (inicialmente chamada de Brasserie Franco-Libano-Syrienne) produz e comercializa as marcas de cerveja Almaza, Almaza Light, Almaza Special Dark, REX, a linha sem álcool Laziza, e também distribui a marca Heineken.
Em 1960, a cervejaria firmou parceria com a Amstel Beer.
Em 1968, o grupo Heineken adquiriu a Amstel.
Em 1990, a cervejaria sobreviveu à Guerra do Líbano sob a égide dos proprietários que modernizaram e restauraram as instalações.
Em 2003, a participação maioritária passou para a Heineken .
Em 2021, Philippe Jabre tornou-se proprietário maioritário da Brasserie Almaza (*2)

A finalizar e porque o blog tem destas coisas, uma música que me veio à memória sobre os anos idos de 90, os da minha juventude que se passaram com muita música, entre as quais as do Trovante e deste último album deles; "Um deste dias", que apesar de não ter tido grande sucesso comercial, marcou a par de outros discos aquela minha época. Foram definitavamente uma das minhas bandas preferidas de que guardo essa tão boa recordação do concerto do Campo Pequeno em 1988, mas dessa noite mágica pode ser que uma dia venha ao assunto noutro post.






quinta-feira, 6 de junho de 2024

D. Jura !! Sai uma geladinha (Antarctica Original)


Não é brinquedo não, não é brinquedo não, dona jura muito esperta dando mole pro Tião, com cervejinha gelada e pastel de camarão. Quem se lembra desta música de ritmo bem brasileira que passava numa novela? Pois é achei engraçada esta associação e a imagem desta Antártica com o típico boteco, o calor é o ambiente de uma grande cidade como o Rio ou São Paulo. Bem podia ser eu lá sentado com uma geladinha e um bom pastel.

imagem retirada da Wikipédia (*1) 

Recuando no tempo; a Companhia Antarctica Paulista, oficialmente fundada em 9 de fevereiro de 1891, foi um grupo que originalmente produzia cerveja, e que posteriormente estendeu sua participação no ramo de bebidas, passando a industrializar, também, refrigerantes. Durante anos disputou a liderança do mercado cervejeiro com a Brahma, até que finalmente as companhias se fundiram dando origem à Ambev. (*1)
É não é que me está a saber muito bem? As espectativas não eram altas, por culpa de uma análise que tinha visto num canal do YouTube, mas não acho nada má não. O dia é de algum calor aqui e um pilsener cai sempre bem.
Amarelinha dourado de cor, muito boa formação de espuma branca e uma aceitável retenção com rendilhado no copo.
Aroma notório a malte. 
Sabor leve suave, com carbonatação média e quase sem amargor. 
Com 5% ABV, escorrega suave e agradavelmente bem pela garganta.
Manda aí mais uma aqui D. Jura. 





segunda-feira, 27 de maio de 2024

Köstritzer (and Movies)


A primeira vez que me recordo de ter visto esta cerveja penso que foi no saudoso Beers and Burguers, servida em torneira e num novo local na Miguel Bombarda, mas que se localizava antigamente no edifício do Monumental, partilhando o espaço com as salas de cinema, tendo esse encanto da 7ª arte, mas que depois se mudou para um novo espaço, perdendo a anterior magia e acabando por não resistir e fechar portas. Era um dos meus locais preferidos, que tenho memórias e que muitas vezes juntava duas paixões: O Cinema e a cerveja.

Imagens retiradas da pagina na TripAdvisor ainda existe (*2)

Já era para ter comprado este pack com a elegantíssima taça que o acompanha e claro para apreciar esta schwarzbier que tão bem está referenciada na ratebeer.
Um pouco da história da Kostritzer diz-nos que está localizada em Bad Köstritz, próximo de Gera, na Turíngia. A cervejaria foi fundada em 1543, sendo uma das mais antigas produtoras de schwarzbier na Alemanha.
E já agora esta curiosidade: Um dos maiores apreciadores da Schwarzbier (produzida pela Köstritzer) foi o famoso Johann Wolfgang von Goethe, que se sustentou apenas dessa cerveja no período em que ele esteve doente e incapaz de comer. (*1)
Bonito rótulo em tons de preto, vermelho e dourado quase fazendo referências à Alemanha e futibolisticamente falando lembrando a poderosa mainchaft, e com um bonito Brazão também. 
Apresenta-se com uma boa formação de dois dedos de espuma bege, com rendilhado no copo e uma considerável retenção média/baixa. Cor castanho escuro e luminosidade rubi.
Aroma a malte torrado e chocolate. 
Sabor muito suave a malte torrado, leve e muito fácil de beber, com ligeiro amargor em fim de boca. 
Com 4.8 ABV, é provável que seja uma cerveja que até agrade aos consumidores que não costumem beber cerveja preta.
Faz jus à qualidade de cerveja Alemã e ao estilo schwarzbier. (*3)





quinta-feira, 25 de abril de 2024

Primavera de Abril (Abbaye de Vauclair Printemps )


Aberta no dia em que faz 50 anos do 25 de Abril, a revolução dos cravos que abriu portas para a liberdade a igualdade e fraternidade que tanto oprimiu os Portugueses e que é celebrado com tanto entusiasmo e ainda com o romantismo que nos apaixona e que é admirado por muitos países. Tenho por hábito descer a avenida da Liberdade e viver com alguma intensidade esta primavera de Abril, pela idade que tenho, não guardo memória por ser muito pequeno, mas o mar de gente que hoje vi e pela alegria que senti, com malta nova a festejar, raparigas com um cravos presos na orelha, africanos a entoarem o Grandola vila morena, e orgulho e festejos, deve ter sido o mais parecido que experiencei daquela alegria sentida por tantos portugueses e que a minha Mãe me fala daquela sentida no 1º de Maio.


Acho que é um bom motivo para abrir esta Abbaye de vauclair ainda para mais com o nome de Printemps.
De cor âmbar, boa formação de espuma branca de dois dedos e retenção média. 
Aromas intensos a malte, caramelo, frutado e especiarias.
Sabores a especiarias, malte, caramelo e com amargor algo acentuado no fim.
6.8% ABV não é má de todo mas fica alguma sensação de ser um pouco artificial. 






segunda-feira, 1 de abril de 2024

Erdinager Oktoberfest - Um brinde à festa


Esta é daquelas que sabia que não iam desiludir, comprada no Aldi, com uma imagem muito alegre alusiva à grande festa da cerveja e mundialmente famosa.
Mas tal como é referido no site da marca (*1) é também ideal para festas e essas podemos fazê-las em qualquer altura ou em qualquer lado, entoando a música: “Prosit der Gemütlichkeit” (*2) que abre a oktober fest, ou outra da nossa preferencia. O selo de qualidade de fabrico conforme as leis da pureza da Baviera, esse está sem qualquer duvida estampado nos belíssimos e típicos aroma e sabor das cervejas de trigo.
Cor dourada, amarelo escuro, turva, excelente formação de espuma branca com boa retenção.
Aroma simplesmente fantástico a banana, frutado e maltado. 
Sabor suave característico desta cerveja de Trigo com um equilibrado amargor no final de boca. 
Um pouco mais alcoólica com 5,7%, mas não excessivamente, do que a weissbier e a Dunkel, mas com aquelas características que fazem a Erdinger a cerveja que é, e que eu adoro. 


Orval


Num dia de tristeza e má memória para mim, pois faz um ano que a minha Jamila partiu e cinco semanas que a minha Clarinha também partiu, Eis que chega finalmente a tão aguardada prova da Orval que tão grande prestígio tem.
Ontem ao ver o prazo estranhei a diferença tão grande entre a data de produção e a data limite. 5 anos, mas segundo o que li, parece que quanto mais próximo do limite melhor, quase como um bom vinho maduro e que inclusive a graduação alcoólica pode aumentar.
Não há dúvida que se distingue das demais.
Foi feita pela primeira vez em 1931 e tem um sabor complexo, incomum e aroma produzido por uma única variedade de levedura: Brettanomyces lambicus. A cerveja é de cor clara, ligeiramente turva e tem uma boa carbonatação e espumosa.
Engarrafada num formato muito característico, é depois amadurecida por um mínimo de quatro semanas antes de ser distribuída, e como é condicionada à garrafa o sabor pode evoluir ao longo do tempo como já tinha referido.
A Brasserie d´Orval localiza-se dentro das muralhas do mosteiro da Abbaye Notre-Dame d´Orval na região de Gaume na Bélgica. Provas do fabrico de cerveja remontam aos primeiros dias do mosteiro. Um documento de 1628 refere-se ao seu consumo, bem como o do vinho pelos monges. 
Em 1931 a actual cervejaria foi construída, empregando leigos e destinada a fornecer uma fonte de recursos para a reconstrução do mosteiro, depois de um incêndio em 1793.
A primeira cerveja saiu da cervejaria em 1932, vendida em barris e foi a primeira cerveja trappist a ser vendida nacionalmente.
Tal como acontece com as outras cervejarias trappists, a cerveja é vendida para apoiar financeiramente o mosteiro como também para boas causas. (*1)

*Foto retirada do site oficial na pagina 
https://www.orval.be/en/page/447-untitled-page-447

Excelente formação de espuma creme com uma retenção magnífica, parecendo mesmo um creme que fica à tona. Cor âmbar e opaca. 

Um superbo aroma floral com notas a banana.
Sabor marcante com acentuado amargor e seco. Só aqui não gostei tanto ou esperava que fosse diferente, fez me recordar, embora distante do excessivo amargor da Arrogant Bastard.
Teor alcoólico de 6,2 % que ao que consta pode ir até aos 7,2 %.
Pertence ao grupo restrito das prestigiadas cervejas trappists. 



sexta-feira, 22 de março de 2024

Vermelho (Chimay Rouge)


Terceira e última Chimay que experimento do pack com copo que comprei no El Corte Inglês.
foi produzida pela primeira vez em 1862 e é a veterana da família Chimay, dai a denominação de "Premiere" na sua garrafa de 75cl 
Aspecto com boa formação de espuma bege de dois dedos. 
Cor marron e baço. 
Aroma absolutamente fantástico com notas furtadas, a caramelo é maltado.
Sabor marcante a toffee com acentuado amargor em final de boca que perdura.
Volume alcoólico de 7%.
Representa, com os habituais pergaminhos de qualidade, a cerveja trappist produzida na Abadia de Scourmont. 
A terminar a curiosidade que a Chimay não produz apenas cerveja de qualidade como também queijos, como o "Grand Chimay", a receita mais antiga da queijaria que é o par perfeito desta Chimay Rouge. Tenho pena que não cheguem aqui ao nosso país mas vale a pena dar uma olhada na página




Branco (Chimay Triple)


Uma vez já conhecida a irmã mais famosa, a Chimay Blue, chega a vez da white. Esta Triple remonta ao belo ano de 1966 - data em que nosso o Rei Eusébio brilhou no campeonato do mundo de futebol realizado no berço do mesmo; A Inglaterrra - Mas foi lançada em garrafa de 75cl para comemorar o 500º aniversário do principado de Chimay em 1986 e é por isso que em garrafa de 75cl também é conhecida como Chimay "cinq cents". Esta curiosidade foi retirada do site em Português desta conhecida marca, do qual deixo uma nota bastante positiva que me agradou muito e acredito que também aos fans Portugueses da Chimay. (*1)
Com o selo de qualidade que preconiza esta trappist avancei pois com expectativa.
Fazia ideia de ser diferente, talvez mais de acordo com o sabor de algumas Belgas que já saborei. Mas sem demais demoras passemos à minha avaliação. 
Cor âmbar, alaranjada , turva, coroada com uma boa formação de espuma esbranquiçada com tendencia para o bege e com boa retenção de dois dedos.
Aroma saliente a malte, floral, com uma pitada a baunilha e cítrico. 
Sabor aveludado com excelente equilíbrio entre o malte e o amargor, frutada e com um toque a especiarias. Cerveja encorpada com final de boca com amargor que perdura. Lupulada fez-me lembrar uma IPA. 
Uma trappist forte com 8% ABV.
A qualidade esperada desta marca de referência para os amantes de cerveja e com o selo restrito das Trappistes.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Coors (Delilah, Delilah...)


Primeira cerveja que eu bebo depois da partida da minha doce Clarinha, algo que nunca imaginei que pudesse acontecer tão cedo por ela ainda ter uns aninhos pela frente como eu achava e por ter sido depois da partida da minha Jamilita em menos de um ano. Estou desolado e ainda é difícil de acreditar. Muito provavelmente ela saltaria para o meu colo enquanto provo esta cerveja e é assim que gosto de imaginar. Deixo aqui a minha singela homenagem à minha doce companheira cuja partida deste mundo me deixou aboslutamente destroçado, mas que dela guardarei para sempre momentos inesqueciveis e ficarei eternamente grato por ela se ter cruzado na minha vida.




Acrescento esta sentida música que o grande Freddy Mercury compós para uma das suas gatas preferidas, ele que também era um apaixonado por felinos, tema do Innuendo de que não me recordava, que redescobri na altura da grave doença da minha Clarinha e que para mim há-de lhe ficar associada para sempre.


Passando desta enorme mágoa para a matéria do blog, a Coors, é uma cerveja com uma imagem muito engraçada com umas montanhas que ficam azuis quando a cerveja vai para o frigorífico e fica fria ou gelada. É um efeito térmico que já tinha visto em garrafa e até num copo que tenho. 


A sua história fala-nos que em 1873, os imigrantes Alemães Adolph Coors e Jacob Schueler da Prússia foram para os Estados Unidos e estabeleceram uma cervejaria em Golden, Colorado, após comprarem uma receita de cerveja estilo Pilsner de um imigrante Checo de seu nome William Silhan. 
Coors investiu US$ 2.000 na operação e Schueler US$ 18.000.
Em 1880, Coors comprou a parte de seu sócio e tornou-se o único proprietário da cervejaria.
Em 2005, a Adolph Coors Company, a holding proprietária da Coors Brewing, fundiu-se com a Molson, Inc. (*1)

Imagem retirada de https://pt.wikipedia.org/wiki/Coors_Brewing_Company

Boa formação de espuma branca com retenção média e de cor amarelo pálido e muito translúcida. Bom rasto de espuma no copo. 
Aroma a malte fresco
Sabor leve a malte e suave devido à presença do malte de Trigo. Quase ou praticamente sem amargor e um pouco aguada, mas muito fácil de beber e agradavelmente boa. Carbonatação média e álcool com apenas 4%.
Soube-me muito bem e não é verão senão gelada escorregava muitíssimo bem. 


domingo, 14 de janeiro de 2024

Hei Hei Viiking (Strong Beer 12%)


Agarrei-a ali num super mercado Indiano da João XXI que costumam ter uma oferta variada de boas cervejas internacionais, foi um pouco sem pensar que a trouxe até porque hesitei em abri-la dada a sua forte graduação e o desconhecimento da cervejaria. 
Após ter tentado saber mais acerca desta marca nórdica, que no site oficial nos indica ser produzida pela A Harboes Bryggeri A/S que é a terceira maior cervejaria da Dinamarca e com uma subsidiária na Alemanha; A Darguner Brauerei GmbH.
Também fiquei a saber que a família Harboe, que já vai na 6ª geração, é coproprietária e administra a empresa desde 1883, juntamente com os acionistas. 
A cervejaria localiza-se em Skælskør, onde tudo começou e para além da Viiking, mais marcas são produzidas, com a Bear Beer.


Para além do que fui sabendo e lido alguns comentários, eis que um dia, depois de a ter colocado no frigorífico, ofereci-a ao meu cunhado que a partilhou comigo e não é que era boa e o álcool não se fazia sentir da maneira que eu pensava? É verdade que se deixou a cerveja respirar como se faz com o vinho e isso pode fazer a diferença.
Não fiz a avaliação na altura e agora faço-o recorrendo um pouco à memória que ficou mas acho que é merecido a referência neste blog e quem sabe se um dia não vou lá buscar outra e actualizo a apreciação. 
De cor amarela, um pouco opaca, formação de espuma branca com pouca retenção. 
Aroma a malte e muito agradável. 
Sabor algo adocicado (o que pode ser devido ao uso de xarope de glicose) e com a presença bem vincada dos 12% de álcool, mas não me pareceu aquele exagero que vi nalguns comentários em sites de prova de cerveja sobre o alto teor de álcool e o ardor que se fazia notar.
Quem sabe a repetir e talvez a  experimentar as irmãs de 8% e 10%
Lembrei-me derivado ao nome de uns desenhos animados que passavam na minha infância, ali pelo final dos anos 70 e talvez inicio de 80 do pequeno Wickie, cuja musica me ficou gravada e que inclusive acho que tinha o single. Pensei que a voz fosse do Tozé Brito, mas já vi um comentário no youtube que o cantor seria um tal de Nuno Dias. Que se lembra deste tesourinho ?










quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Wheat Beer (Lidl)


Oferta da minha irmã, comprada no Lidl. Nunca a vi à venda nas vezes que lá fui, mas tal como, por exemplo a Mythos, que comprei uma vez e nunca mais dei por ela, devem ser daqueles produtos que aparecem uma vez por outra ou então em mercados de cerveja com excelentes oportunidades em folheto.
Rótulo alusivo à Oktober fest. Produzida na Alemanha, mas dá a ideia pelo que lê na lata de ser comercializada pelo Lidl em Dublin e na Grã Bretanha.
Cerveja de cor meio alaranjada, turva, formação de espuma branca de 1 a 2 dedos e retenção baixa.
Aromas a banana, a mel e Malte de Trigo. 
Sabor suave, a banana, levedura com pequena acidez. Bom balanceamento entre o dulçor do malte e algum amargor no final de boca. Corpo leve e um pouco aguado.
Fácil de beber com 5% ABV. Apesar de não saber o preço acredito que seja mais uma boa proposta dentro da qualidade/preço oferecida pelo Lidl. 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Tuborg (...e memórias da versão Strong em Portugal)


A Tuborg é uma cervejaria dinamarquesa fundada no sec. XIX num porto em Hellerup, no norte de Copenhaga. 
Desde 1970 que faz parte do Grupo Carlsberg
Philip Heyman foi um industrial judeu dinamarquês que co-fundou em 1873 a Cervejaria Tuborg, juntamente com Carl Frederik Tietgen , Gustav Brock e Rudolph Puggaard. Após a morte de Heyman, a Cervejaria Tuborg fundiu-se com a "De Forenede Bryggerier" em 1894, que desta forma celebrou um acordo de participação nos lucros com a Carlsberg em 1903.
Benny Desau, genro de Heyman , foi diretor do De Forenede Bryggerier, seguido pelo seu filho Einar Dessau em 1919.
Durante a ocupação , devido à sua origem judaica, Einar Dessau teve que fugir para a Suécia, onde se juntou ao trabalho da resistência e após a guerra, retomou o seu cargo na Tuborg. (*1)

A garrafa Tuborg em 1888 (*1)

Já lá vão uns bons anos desde que não bebo uma Tuborg, em especial uma que apareceu no nosso país, que era a Strong com 7.2 %, pareceu-me ter lido que era produzida pela Superbock em Leça do Balio, o que se confirma pelo rotulo que encontrei numa página (*2) e que aqui deixo uma imagem.


Era uma novidade na altura, mas não apreciava muito, talvez por se sentir mais a graduação alcoólica (hoje em dia é perfeitamente natural aquele teor), talvez por ser mais amarga e intensa, ou por só conhecer o sabor das tradicionais Sagres e Superbock. Mas marcou ali uma altura nos anos 90, que nem foi de boas memórias. Tal como não é o presente momento em que recebi uma notícia muito triste, que me deixou absolutamente desolado.
Mas mudando a conversa, vi esta Tuborg á venda numa mercearia Romena e não resisti numa espécie de regresso ao passado. Disseram-me que era diferente por ser elaborada com água da Roménia.
Com uma garrafa verde elegante, e o símbolo da coroa no nome, apresenta-se de cor dourada e translúcida. Formação de um dedo de espuma com pouca retenção. Boa carbonatação.
Aroma a malte, herbal e maçãs 
Sabor a malte e com final de boca com amargor bem aceitável. 
Com 5% ABV não é má de se beber e de facto têm um sabor algo diferente. 
A concluir e numa breve pesquisa que fiz verifiquei que existem pelo menos duas Tuborg Strong com graduações diferentes; uma no site oficial da Calsberg Group com 6.1 % (*3) e outra vendida em Itália com 8 % (*4), portanto aquela que era produzida em Portugal ficava pelo meio. Pena que já não se faça por cá





quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Caracu - Receita Subversiva


Imagem forte com um touro caracu, raça bovina desenvolvida no Brasil colonial com pelos lisos e avermelhados, sendo que a maioria apresenta a cor amarela ou baia podendo chegar a vermelho tijolo. (*1)
Caracu é uma cerveja do tipo Sweet Stout fabricada pela AmBev.
Em novembro de 1899 o empresário Carlos Pinho implantou a "Fábrica de Cerveja e Gelo" na cidade de Rio Claro. Um dos primeiros produtos lançados foi a cerveja preta batizada "Caracu".
E ao que parece são famosas as receitas de Caracu com ovo e amendoim, tidas como energéticas e mesmo afrodisíacas. (*2) (*3) 


Vi-a à venda a primeira vez numa loja de produtos Brasileiros e prendeu-me a atenção por ser diferente com a imagem forte e impactante de um touro da raça caracu
Com a curiosa frase de receita subversiva na lata é uma cerveja de cor preta, formação de espuma creme, retenção média de dois dedos.
Aroma a chocolate, malte tostado
Sabor a malte tostado, caramelo e adocicado 
Boa carbonatação e agradável de beber. 
Com 5,4% ABV deve ser boa para acompanhar um bom rodízio de carnes ou uma churrascada à Brasileira. 







quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Kingficher - Rei das Cervejas


Kingficher, cerveja Indiana, provavelmente a cerveja mais vendida por lá. Por cá não se vê muito, encontrei-a num supermercado Indiano com um bom lote de cervejas diversificadas.
É uma cerveja produzida pela United Breweries Group. A marca foi introduzida pela primeira vez em 1857 e relançada como Premium em 1978 por Vijay Mallya .
 Com uma participação de mercado de mais de 36% na Índia, também está disponível em 52 outros países a partir de 2013. (*1)

Garrafa verde com boa apresentação, rótulo com imagem de um pássaro colorido, talvez um colibri.
Cor dourada, transparente e carbonatação média. Boa formação de espuma branca e creme com dois dedos de espuma, retenção média a baixa.
Aroma a malte com notas herbais.
Sabor a malte, com um amargor razoável que perdura apos final de boca.
Cerveja leve com 4,,8% ABV


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Gurkha


Cerveja comprada num supermercado Indiano na XXI, ao pé da antiga Diapasão onde tive aulas de guitarra, pensei que fosse Nepalesa mas ao que apurei é produzida no Reino Unido e não há qualquer prova que exista no Nepal, mas faz-me divagar para o livro "Viagem ao mundo da droga". Comecei 
a ler este livro, estava eu a passar umas férias de verão com os meus Pais no Inatel de Albufeira, apesar de grande, recordo que se lia bem, quase um livro de aventuras passadas em Katmandu, e com o cenário dos Himalaias, mas também pesado, pela experiencia do autor Charles Duchaussois nas drogas, levando-o ao abismo e à degradação. Dentro da mesma temática, gostei mais que os "Filhos da Droga" de Christiane F. 


Referencia ainda aos Gurkhas que dão o nome à cerveja, são soldados nativos do subcontinente indiano, residindo principalmente no Nepal e em algumas partes do nordeste da Índia.
As unidades Gurkhas são compostas por Nepaleses e Gurkhas indianos (indianos de língua nepalesa), e são recrutados para o Exército Nepalês, para o Exército Indiano, para o Exército Britânico (Esta força de elite é conhecida pela sua bravura, pela utilização do kukri e de técnicas de artes marciais), para o Contingente Gurkha em Singapura, para a Unidade de Reserva Gurkha em Brunei, para as forças de manutenção da paz da ONU e em zonas de guerra em todo o mundo. (*1) (*2)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_gurca

Símbolo do Kukri e referencia à coragem e
 bravura dos lendários Gurkhas na garrafa

A Cerveja apresenta-se de cor dourada, transparente e boa formação de espuma branca de dois a três dedos. Retenção razoável.
Aroma a malte de Cevada , herbal
Sabor a malte de Cevada, pão, suave, aveludada pela doçura do malte, amargor suave (que se pode dever ao malte de trigo que faz parte da sua composição) e quase inexistente. 4,8% ABV
Surpresa agradável e boa de se beber.