terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Ó Xico Esperto !!


Segue-se quase em jeito de sessão dupla a "Xico Esperto", igualmente produzida pela Praxis para o Lidl, é uma pilsner com sabor amargo ligeiramente acentuado, destacando-se pelo lúpulo aromático.

Caracteriza-se por uma cerveja de cor âmbar, com formação de espuma branca e retenção pouco douradora. Aroma cítrico e a lúpulo. Sabor em que se nota a presença do lúpulo, com final de boca com amargor. É uma cerveja agradável. 

https://institucional.lidl.pt/media-center/comunicados-de-imprensa/2020/cervejas-tuga-praxis

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Gingão, Gingão...


Depois de ter feito um post sobre a "loirinha", a primeira cerveja que experimentei desta serie especial da Praxis, feita especialmente para a cadeias de supermercados Lidl, chega a vez da Gingão que foi uma agradável surpresa. Tem as mesmas características da cerveja preta, apresenta um sabor torrado, pouco amargo e um aroma intenso e trata-se de uma cerveja mais robusta, devido ao seu ingrediente chave: a Aveia e também a água do Alto Mondego com ph neutro, ideal para a produção da cerveja e comum na composição destas cervejas da Praxis. (*1)

De cor preta com matiz grená, boa formação e retenção média de espuma branca, aroma muito agradável a malte tostado e um pouco de chocolate. Com sabor leve, similar ao aroma, algo adocicada e com final de boca sem amargor, Muito fácil de beber, muito agradável e com 4,9% de álcool com o selo de qualidade desta cervejaria de Coimbra.

(*1) https://institucional.lidl.pt/media-center/comunicados-de-imprensa/2020/cervejas-tuga-praxis

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Erdinger de Inverno


Com um delicado sabor aromático esta Erdinger é uma cerveja sazonal de Inverno. Com aromas de malte aveludados e um toque de doçura tornam esta cerveja de trigo muto suave. Esta cerveja encorpada é acompanhada por notas delicadas de avelãs e frutos vermelhos, carbonatação generosa e com lúpulo levemente amargo no final. Muito saborosa e para quem gosta de uma cerveja de trigo com caracter, tornando as noite de Outono e Inverno num verdadeiro deleite. Esta Schneeweisse está disponível de Outubro a Fevereiro. (*1)

Acabei no entanto por prová-la noutra altura, tendo ficado fã desta estupenda cerveja invernal de trigo, com cor âmbar, turva, boa carbonatação e uma excelente retenção e formação de espuma. Aroma a caramelo, mas também com notas a banana. O sabor é suave e idêntico ao aroma. Uma cerveja muito suave com final de boca sem grande amargor e com 5,6 % ABV. Muito boa. 

(*1) https://uk.erdinger.de/beer/schneeweisse.html 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O Segredo do Terceiro Lúpulo


Desde 2007 que os cervejeiros da Duvel tem estado ocupados a inovar com uma terceira variedade de lúpulo para dar um toque surpreendente e algum amargor extra, e desde dai tem resultado em seis Tripel Hop únicas que tem complementado a linha da Duvel, até, em 2016, irem em busca de uma Tripel Hop definitiva. Mais de 5000 fãs provaram e elegeram a Citra como lúpulo favorito. 


Os cervejeiros da Duvel não só adicionaram uma terceira variedade de lúpulo, como aplicaram um processo especial de dry-hopping, que resultou numa intensificação e refinou o aroma do lúpulo no final. O terceiro lúpulo aromático é cultivado em Yakima Valley, Washington, que enriquece o sabor com notas frescas de Toranja e frutos tropicais. (*1)


É uma cerveja fantástica com uma explosão de aromas a notas cítricas com forte predominância de Toranja. Um aroma que emana do copo em redor, cor amarelo turvo, espuma branca com uma excelente formação e retenção, sabor de amargor bem acentuado devido aos lúpulos usados. 
Cerveja  marcante com 9,5% e final de boca seco. Uma experiencia sensorial ótima.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

From Russia With Love


E eis que chega aqui ao blog a vez da Baltika, a cerveja de origem Russa, mais concretamente de São Petersburgo, cujo impacto da sua boa apresentação me tinha deixado curioso numa vez que tinha entrado num restaurante de comida Russa aqui na Rua de São José em Lisboa. Desde dai já tive oportunidade de experimentá-la algumas vezes tendo comprovado a sua qualidade também. Mas comecemos como de costume por um pouco da sua história.

Assim a construção da primeira cervejaria começou em 1978 e quando foi concluída em 1990 a nova cervejaria estatal foi baptizada de Baltika Brewery, e o primeiro lote foi despachado em Novembro desse ano, mas como nessa época a marca ainda não havia sido criada foi produzida sob nomes diferentes como Zhigulevskoe ou Rizhskoe. Em 1992 a marca Baltika é criada com o intuito de produzir cerveja com alto padrão de qualidade Europeu equipando-a como o melhor da alta tecnologia Europeia. Segue-se o ano de 1996 com a marca a tornar-se a mais popular e a afirmar-se como nº 1 no mercado e expandindo-se no ano a seguir fundindo-se com outras cervejarias Russas, virando-se depois para o mercado de exportação e integrando o grupo Carlsberg em 2008. Actualmente é representada em mais de 75 países no mundo.*(1)

Gostei de ver no rotulo as referencias em Português, o que é naturalmente de saudar. Sobre esta Baltika 7, é cerveja de cor dourada com boa formação de espuma branca, retenção média e boa carbonatação. Aroma a malte com notas de limão, sabor igualmente a malte, refrescante, com final de boca não muito amargo. Cerveja agradável com 5.4% ABV


*(1) https://baltika-beer.com/about-company/history.php


sábado, 11 de setembro de 2021

Bohemia Irlandesa

 


A Bohemia Stout é uma cerveja do estilo Dry Stout, caracterizado por cor escura. álcool moderado, perfil torrado e aroma a cevada torrada, apresentando-se como uma autentica Stout Irlandesa.

Tendo como ingrediente-chave a cevada torrada, é uma cerveja escura, medianamente encorpada, em que a doçura do malte contrasta com o amargor das notas a café, o aroma intenso da cevada torrada sobressai e contribui para um perfil agridoce. *(1)

Quanto à prova que fiz achei uma cerveja de cor escura, formação media e retenção razoável de espuma creme cor de café com leite, aroma a malte torrado, algo de chocolate e café com leite, sabor a malte torrado com final de boca seco e algum amargor. É uma cerveja leve com 4, 5% ABV que não fica nada aquém da qualidade de uma boa Stout Irlandesa.

*(1) https://www.imagensdemarca.pt/artigo/chegou-a-nova-bohemia-stout/


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Choufee Soleil - Marcel e Malcom em dias de sol


A história da cervejaria Achouffe começa em finais dos anos 70 no meio do Vallée des Fées (O vale das fadas), quando dois cunhados; Pierre Gobron e Chris Bauweraerts decidem criar a sua própria cervejaria numa garagem, onde a primeira produção de 49 litros viu o nascer do dia em Agosto de 1982. Inicialmente considerado um hobby, a cervejeira Achouffe tornou-se um trabalho a tempo inteiro, quando os dois cunhados adquiriram a fazenda onde haviam produzido a cerveja há quatro anos.

A imagem de marca são os seus simpáticos Gnomos, e à medida que a cervejaria cresceu, aumentaram também a família de Gnomos; Ao Marcel (La Chouffe) e Malcom (Mc Chouffe), juntou-se o Matthew (Houblon Chouffe) e Micheline (Cherry Chouffe), cada um com as suas próprias histórias e características (*1)


Uma cerveja que nos é apresentada como delicada, frutada e refrescante, com maltes de cevada, trigo e centeio, com aromas a baunilha e sabugueiro. Sabores cítricos de tangerina e lima, realçados com um toque de baunilha e notas apimentadas (*2)
Podemos considerá-la  como uma cerveja Belga de verão, tais são as referencias do rotulo e o sabor refrescante. De cor amarelo, turva e com resquícios da fermentação própria das cervejas de trigo. Boa formação e retenção algo douradora de espuma branca, uma fragrância como já senti em outras cervejas Belgas, com aromas de banana, notas cítricas e abaunilhadas, sabor agradável, suave, macio e ligeiro amargor com 6% ABV. Boa carbonatação, ligeira acidez. 
Diferente daquilo que estava à espera.

(*1) https://chouffe.com/en-gb/our-brewery/chouffe-story/

(*2) https://chouffe.com/en-gb/beers/chouffe-soleil/


sexta-feira, 18 de junho de 2021

Erdinger - Elaborada segundo as leis de pureza


Já há algum tempo que queria falar da Erdinger Weissbier, uma das primeiras cervejas estrangeiras que conheci e bebi. Faz-me recordar bons momentos em que a bebi numa casa bela antiga que morei, mas também de uma noite em que eu e o meu grupo de amigos fomos a pé até aos Campos Mártires da Pátria, onde se realizava uma Oktoberfest no jardim, organizado, pelo Instituto Goethe e outras entidades. Foi muito animado, com tendas montadas, comida típica Alemã como as tradicionais salsichas e claro está uma das rainhas daquele evento, era a Erdinger senão me engano. Recordo-me de ter bebido algumas e de voltarmos (já aquecidos) novamente a pé para casa.
Pena que depois nunca mais voltaram a fazer esta festa no jardim público. (ainda organizaram mas no jardim dentro do próprio Instituto.) (*1)

Tal como foram muito agradáveis esses momentos, é igualmente muito agradável beber uma Erdinger, uma cerveja refrescante, de cor dourada e turva, naturalmente como são as cervejas de trigo, com uma boa formação e retenção de espuma branca, duradoura especialmente se for no seu próprio copo. Uma cerveja com boa carbonatação, com um fantástico aroma a banana e sabor idêntico, muito equilibrado, suave, sem amargor acentuado, diria até adocicado e que se bebe muito bem, com 5.3% ABV, e elaborada sob a égide da Reinheitsgebot (lei de pureza da cerveja). (*2)
Uma das minhas cervejas de eleição.

(*1) http://lisboa-livre.blogspot.com/2010/09/24-26-de-setembro-2010-oktoberfest.htm

(*2) https://blog.famigliavalduga.com.br/lei-da-pureza-alema-como-ela-influencia-na-qualidade-das-cervejas/

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Erdinger Dunkel


A Erdinger Dunkel é uma weizen escura com paladar adocicado devido ao facto dos maltes serem mais tostados e de aroma complexo fruto da mistura de aromas a banana e cravinho das weizen tradicionais. (*1)

Fundada em 1886 na região da Bavaria, por Johann Kienl, a Erdinger Weissbraü dá inicio ao seu percurso de sucesso como produtora de weisenbier -  weizen (=Trigo). A família Brombach foi a principal impulsionadora da cerveja como a conhecemos hoje em dia. O Sr., Franz Brombach tomou posse da cervejeira em 1950, passando o seu legado para o seu filho em 1975, e até hoje, o Sr. Werner Brombach gere a cervejeira para que a tradição, qualidade e notoriedade associadas à marca Erdinger, permaneçam intactas nos mais de 70 países em que está presente. (*2) 

Esta cerveja de trigo é uma cerveja de cor castanho escuro com uma excelente formação e retenção de espuma cor marfim. Aromas a banana e malte. Na boca sente-se a suavidade do malte de trigo e uma doçura no final de boca. Uma excelente cerveja com 5% ABV produzida segundo as leis da pureza da Baviera.

() https://www.clubedomalte.com.br/Produto/cerveja-erdinger-dunkel-garrafa-500ml-76769 

() http://www.dcnbeers.com/brands/erdinger

https://de.erdinger.de/biere/dunkel.html

terça-feira, 25 de maio de 2021

Hala Madrid


"Hala Madrid !" É com esta expressão, entoada pelos adeptos do Real Madrid no Santiago Bernabéu, em resposta ao repto lançado por Cristiano Ronaldo aquando da sua contratação, que aqui falo sobre a cerveja Mahou, também ela patrocinadora não só do Real como do Atlético.
É uma marca centenária, que em 1890 contava já com três variedades de cerveja: A Munich, A Pilsen, e a Pilsen especial.
Vale então a pena contar um pouco mais da sua história, que no seu rotulo entre 1900 e 1920 já referenciava dois prémios conquistados pela cerveja "Filhos de Casimiro Mahou", e algumas curiosidades museológicas, como a arca de madeira de 1890, para servir cerveja, e que no seu interior encontrava-se uma bobina que servia de conduta para levar a cerveja até ás torneiras. Água, gelo e sal eram os elementos incluídos para a refrigerar. 


Curiosa é ainda a "torneira Ceres" de 1970, decorada no topo com a figura da deusa da agricultura "Ceres" e cujo mecanismo de dois movimentos, um de saída da cerveja e o outro de espuma, ainda subsiste nos nossos dias. Mas estas e outras curiosidades como a torneira cerâmica podem ser encontradas no site da Mahou. (*1)
Ora então e o que dizer da Mahou, a cerveja de Madrid (vou-lhe chamar assim); É uma cerveja de cor dourada com formação de dois dedos de espuma, retenção média que deixa um "rendilhado" no copo. Aroma a malte e talvez um pouco de milho. O sabor é idêntico com final de boca com algum amargor. Com cerca de 5,5% ABV é uma cerveja refrescante que casa muito bem com as tapas Madrilenas, ideal para os dias tórridos desta grande cidade e capital de Espanha.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

O Lúpulo é quem mais ordena


Resultado da colaboração entre a Barona e a Aroeira, a "Vila Morena" chegou ao mercado em 2017 para homenagear Salgueiro Maia. É uma edição limitada e que todos os anos em que Abril se avizinha começa a sua produção. Ora o capitão de Abril que liderou os militares que cercaram o quartel do Carmo, nasceu em Castelo de Vide, no Alentejo, muito perto de santo António das Areias, onde se localiza a cervejeira Barona onde é produzida esta cerveja. Tem uma ilustração do artista Pedro Loureiro,  onde Salgueiro Maia aparece com uma espingarda, em que na vez do tradicional cravo vermelho que simboliza a revolução, aparece uma flor de lúpulo, usada no fabrico da cerveja. 
O "lúpulo é quem mais ordena, ostentando uma revolução de aromas a citrinos e pinho" (*1), (*2)
É descrita como uma India Brown Ale, de cor escura, com reflexos rubi, uma excelente formação e retenção de espuma bege. Aroma estupendo frutado e cítrico. Paladar com notas a caramelo com final de boca seco e sem amargor acentuado. Com 5,6% ABV.
Uma agradável surpresa desta garrafa que aguardava o seu dia, justamente em Abril.

(*1) https://www.meiosepublicidade.pt/2019/04/cerveja-vila-morena-regressa-comemorar-45-anos-do-25-abril/

(*2) https://www.efe.com/efe/portugal/portugal/vila-morena-a-cerveja-revolucionaria-do-25-de-abril/50000441-3949075

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Boa Onda


A cerveja Sierra Nevada traz-nos um conceito "boa-onda" assim ao estilo de um "Ben Harper" se me é permitido esta analogia ao músico Americano. Foi fundada pelos cervejeiros Ken Grossman e Paul Camusi na cidade de Chico, Califórnia. Entre os seus variados prémios está a nomeação de "Green Business of the Year pela Agência de proteção Ambiental dos Estados Unidos pelas suas prática e incentivos à sustentabilidade.(*1)

Dentro das suas clássicas, sazonais e lançamentos especiais, destaco esta Pale Ale, que foi a primeira a ser produzida em 1980, do estilo American pale Ale com lúpulos Americanos Magnum, Perle e Cascade

Cerveja da escola Americana com cor âmbar, um pouco opaca, excelente carbonatação, espuma branca e boa formação e retenção de espuma, com aroma cítrico e frutado, paladar com um bom equilíbrio entre o malte e o lúpulo. Fácil de beber com 5,6% ABV que não se nota. e com final de boca sem amargor acentuado.

(*1) https://www.clubedomalte.com.br/fabricante/sierra-nevada

https://sierranevada.com/

quarta-feira, 14 de abril de 2021

St. Bernardus Abt 12 - Abbey Ale


A St. Bernardus Abt 12 é a cerveja mais conhecida da Sint-Bernardus e considerada uma das melhores cervejas do mundo. É uma quadrupel e fabricada de acordo com a receita original de 1946. Tem um aroma muito frutado, derivado a uma levedura especifica da cervejaria, uma cor escura, com espuma cor de marfim, é fácil de beber devido ao sabor encorpado e macio, com um perfeito equilíbrio entre o amargo  e doce.

No inicio do sec. XX, os Trapistas fugiam de Catsberg (Mont des Cats) para Watou, onde fixaram residência na fazenda "Patershof", a poucos passos da actual cervejaria, e onde a renomearam como "Refuge de Notre Dame de St. Bernard" para a produção de queijo. A mudança deveu-se aos impostos que tinham de pagar em França. 

Ente 1930-1934, as actividades monásticas regressaram a França após um apaziguar com as comunidades religiosas e assim a fábrica de queijo foi adquirida por Evarist Deconinck.

Não muito depois da 2ª grande guerra, Deconinck foi convidado pelos monges Trapistas de Westvleteren para produzir e comercializar as suas cervejas sob licença, e foi então que o mestre cervejeiro Mathieu Szafranski levou não só o seu know-how, como recetas, assim como a famosa levedura St. Sixtus enquanto uma nova cervejaria era estabelecida ao lado da fábrica de queijos. 

Em 1992, o acordo expirou, uma vez que as cervejas trapistas decidiram atribuir o rótulo de"cerveja trapista autêntica" às cervejas produzidas exclusivamente dentro de uma abadia e a partir de então passaram a ser comercializadas com a marca St. Bernardus. (*1) (*2)

Na prova que fiz, achei uma cerveja de cor escura com reflexos rubi, espuma bege consistente, duradoura e de boa formação. Aromas a açúcar amarelo e caramelo. Na boca alguma acidez e final de boca com algum amargor. Com 10% ABV, mas muito bem camuflado. 

(*1) https://www.sintbernardus.be/en/brewery/history

(*2) https://en.wikipedia.org/wiki/St._Bernardus_Brewery 


domingo, 11 de abril de 2021

Coral Puro Malte

 


A Coral Puro Malte foi lançada e acrescentada ao portefólio da cervejaria Madeirense em jeito de celebração do seu meio século de vida. Era assim um bom motivo para uma cerveja Premium e o compromisso foi cumprido com o lançamento da Coral puro Malte, que combina maltes ibéricos e belgas, lúpulos Alemães e uma estirpe de levedura exclusiva da Empresa de Cervejas da Madeira.

A satisfação dos consumidores Madeirenses, levou a que a ECM tivesse a confiança para enviá-la ao concurso da Monde Selection, onde foi distinguida com a medalha de ouro. (*1)

Cerveja de cor dourada, translucida com carbonatação média e formação de espuma com menos de dois dedos e pouca retenção. Aroma a malte e talvez um pouco a milho, sabor equilibrado entre o malte e lúpulo, com final de boca com ligeiro amargor. Uma cerveja leve com 5% ABV boa para a as tardes de verão.

(*1) https://www.dnoticias.pt/2020/4/7/59911-coral-puro-malte-ganha-medalha-de-ouro-pela-monde-selection

https://www.ecm.pt/portfolio_page/puromalte-premium/

domingo, 14 de março de 2021

Trappistes Rochefort


A Rochefort 10 é uma cerveja de fermentação superior, fermentada novamente na garrafa. É fabricada na abadia de Notre-Dame de Saint-Remy em Rochefort, é a mais popular da Rochefort e considerada uma das melhores da Bélgica.

Os Monges da Abadia de Notre-Dame de Saint-Remy em Rochefort preparam cerveja desde 1595, usam água de um antigo poço que esta dentro das paredes do mosteiro, na verdade pouco se sabe sobre esta abadia, fechada aos visitantes. A sua produção é bastante limitada pois atualmente apenas há 15 monges para a fazer. (*1)

A Trappist Rochefort 10, é uma cerveja de cor castanho escuro, com uma excelente formação de espuma bege com cerca de dois dedos e uma retenção duradoura, deixando um bonito rendilhado no copo. Com aromas a caramelo e chocolate, é uma cerveja complexa de sabor intenso com excelente equilíbrio entre a doçura do malte e o lúpulo, e com final de boca que perdura, nos seus 11,3% ABV muito bem disfarçados.

(*1) https://cervejabacchus.pt/pt/product/rochefort-10-2/

https://www.abbaye-rochefort.be/ 

quarta-feira, 3 de março de 2021

La Sagra de Toledo


A cerveja La Sagra nasceu com a ideia de mudar o conceito da cerveja em Espanha e com a crença de que a criatividade é contagiante e a fusão de diversidades cria algo de realmente especial. A fábrica está localizada entre as cidades de Yuncos e Numancia de la Sagra, no coração da região de La Sagra (Toledo), a apenas 15 minutos de Toledo e 20 de Madrid. (*1)

Toledo (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Toledo)

E é precisamente a Toledo, uma mistura de diferentes ideias e culturas, que esta marca vai beber para conceber de diferentes estilos, como são exemplo: "a La Sagra Bohemian Pilsner", que combina a chama Espanhola com a engenhosidade Checa, a "Porter", criada a partir da experiência dos cervejeiros Britânicos; a "India" uma potente IPA de 7,2%, ou esta "Suxinsu", de triplo malte, aroma floral, sabores frutados de pêssego e damasco. (*2)
Na minha prova achei uma cerveja de cor âmbar escuro, turva, com um dedo de espuma e boa carbonatação. Aroma a sultanas, açúcar amarelo, pêssego, frutado e agradável. Na boca sobressai o alto teor alcoólico com final de boca não muito amargo, fez-me lembrar um pouco o vinho do porto. Com 9.1%. ABV. 
Uma cerveja curiosa.




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Coruja IPA


Com uma forte aposta na imagem e marketing, a Coruja apresenta-se como reposta ao aumento do interesse em cerveja artesanal no mercado nacional. Tendo já oportunidade de provar a American Amber Lager e a Session Season (que com muita pena minha deixou de ser comercializada), apresento a India Pale Ale. Ao contrário da American Amber, que incide mais numa cerveja de estilo maltado, a IPA incide, como é característico deste género, num sabor lúpulado. Escura, amarga, com ingredientes 100% naturais e aroma e sabor acentuados pela técnica do dry Hopping. (*1)

Como referi existe aqui uma componente grande de imagem, como é exemplo; o site próprio com a explicação do processo de produção (*2), e a sua colecção de rótulos pensados para uma experiencia de realidade aumentada através de uma app descarregada para o smartphone.(*3) 


É uma cerveja de cor âmbar transparente, com boa carbonatação e formação de espuma, com retenção não muito duradoura. Aroma com notas a especiarias, sobressaindo o lúpulo. Sabor igualmente lúpulado com final de boca com amargor acentuado. Com 6 % ABV.  Faz jus ao estilo IPA e à conceituada marca portuguesa.

(*1) https://www.superbockcoruja.pt/corujas/india-pale-ale/

(*2) https://www.superbockcoruja.pt/processo/

(*3) https://www.colecaocoruja.com/


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

A Princesa de Namur


Esta cerveja tem uma história engraçada: Blanche Namur era o nome da filha do conde de Namur de seu nome John. Conta-se que Magnus Eriksson IV, rei da Suécia e Noruega, foi atraído pela beleza da jovem princesa quando estava a viajar por França em busca de uma mulher para casar. A princesa embarcou com ele para a Escandinávia e tornou-se a Rainha da Noruega, Suécia e Escandinávia. Em memória da sua delicadeza e doçura, a Brasserie Du Bocq dedicou uma wittebier à princesa - Blanche de Namur. (*1)

Mas tudo começou em 1858, quando Martin Belot, um fanzendeiro de Purnode, fez uma cerveja pela primeira vez nas dependências da fazenda. No inicio era só produzida no inverno. 
Foi no inicio do Sec. XX que "La Galouise", actualmente a marca mais antiga produzida, escura de alta fermentação, foi um sucesso inegável. 
A cervejaria foi incorporada como uma sociedade anonima em 1949. Independente de qualquer grupo cervejeiro Belga ou estrangeiro, ainda mantém o seu caracter familiar. 
Aproveitando a mania das cervejas tradicionais a Brasserie du Bocq lançou-se à exportação e é um sucesso, sendo uma das cervejarias independentes mais importantes da Valónia. 
Algumas da cervejas fabricadas pela cervejaria são a "Gauloise Blonde", "Tete de Mort Triple" ou a "Blance de Namur". (*2)


Ora a Blanche de Namur é uma cerveja de trigo Belga, com boa carbonatação, de um amarelo pálido, turvo com boa retenção e formação de espuma. De um magnifico aroma perfumado, floral, um pouco de banana e cítrico também. Paladar leve sem amargor, muito fácil de beber e refrescante. 4,5% ABV. Uma cerveja que superou nitidamente as minhas expectativas. Muito boa.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Delírio de Cerveja


Uma vez chegados a uma das garrafas mais originais e uma das melhores cervejas Belgas, falemos um pouco da sua história que nos faz recuar até 1654, ano em que se encontra registo de actividade da cervejeira Melle, mas foi só em 1902 que Léon Huyghe ali se estabeleceu. passados 4 anos comprou-a e baptizou-a de "Brouwerij-Mouterij den Appel", mas como muitas cervejarias tiveram problemas com ocupação das suas propriedades durante a 1ª Guerra Mundial, só em 1939 é que a cervejaria encontrou o local, onde até hoje produz as suas cervejas. Começou por produzir cervejas de baixa fermentação, mas com quedas de vendas durante a década de 70, decidiu levas a cabo uma restruturação da empresa, métodos e produção. em 1985 a produção das tradicionais pilsners foi trocada pelo método de alta fermentação. A primeira cerveja a ser produzida foi a "Artevelde Grand Cru" em 1987, mas a sua cerveja mais emblemática "Delirium Tremens" saiu das linhas de produção três anos mas tarde. Denominada de "Show Beer" foi sem dúvida a cerveja que tornou a Huygue famosa, e do seu portefólio fazem parte outras conhecidas marcas como a Guillotine ou a Mongozo. (*1)


E vamos à cerveja, uma Strong Blond Beer, de cor dourado escuro com muito boa formação e retenção de espuma branca, um aroma fabuloso, perfumado diria eu, com notas florais, um sabor doce no inicio, mas com final de boca a sobressair amargor, um cerveja tão fácil de beber, que nem nos damos conta dos seus 8,5% ABV. Grande cerveja no geral.

(*1) http://www.dcnbeers.com/brands/delirium 

https://www.delirium.be/en

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Loirinha

Elaborada pela Praxis exclusivamente para ser vendida nos supermercados das cadeia Lidl, temos três cervejas artesanais; as "Tuga", das quais fazem parte a "Loirinha" que aqui apresento; a "Gingão" e a "Xico Esperto". Cada uma com sabores e aromas diferentes, produzidas pelo mais antigo produtor de cerveja artesanal em Portugal, e com um dos ingredientes diferenciadores da Praxis: a água do Alto Mondego, com ph neutro, ideal para a produção de cerveja, não havendo necessidade de ser moldada quimicamente, contribuindo assim para um produto final de elevada qualidade. (*1)

É uma cerveja turva, de cor âmbar claro, quase alaranjado, com fraca retenção de espuma e carbonatação média. Aroma a frutos cítricos, laranja (o que não é de estranhar, uma vez que na sua composição é usada a casca de laranja), com sabor leve, ligeiro amargor sobressaindo os frutos cítricos e final semi-seco. 

Elaborada com maltes de cevada e de trigo e com 5.1% ABV é uma cerveja que no verão, bem fresca irá saber muito bem.

(*1) https://institucional.lidl.pt/media-center/comunicados-de-imprensa/2020/cervejas-tuga-praxis

sábado, 30 de janeiro de 2021

A Lenda do Dragão

 


A lenda do dragão (draak em Flamengo) é secular e fala-nos de um dragão dourado que enfeitou a proa de um navio Viking navegado pelo rei nórdico, Sigrid Magnusson, durante uma cruzada. depois de muitas batalhas contra os muçulmanos em Espanha e nas baleares, entre outros, ocupou a cidade de Sidon.

Após esta vitória, o guerreiro deu a figura dourada ao imperador de Constantinopla, para que a pudesse pôr na cúpula da Hagia Sophia. Menos de cem anos depois, o conde flamengo Boudewijn IX levou-a para a costa flamenga, onde o dragão nórdico acabou por cair nas mãos do povo de Bruges. Após a Batalha de Beverhoutsveld em 1382, os combatentes de Ghent pegaram no dragão como parte dos despojos de guerra e colocaram-no no campanário. Era lá que as licenças da cidade eram guardadas e o dragão estava lá para protegê-las, como também representava um símbolo de liberdade e poder da cidade. Ainda hoje brilha na sua torre. (*1)

A Gulden Draak é uma cerveja robusta produzida pela cervejaria Van Steenberge à semelhança do símbolo do próprio dragão.

É uma cerveja de cor rubi escuro com uma excelente formação e retenção de espuma bege. Aroma intenso a caramelo, açúcar amarelo, passas e talvez a frutos secos. Cerveja encorpada a sobressair o álcool com a sua elevada percentagem de 10,5%, com notas licorosas, final seco e carbonatação alta. Primeiro sente-se a doçura do malte para depois sobressair o amargor do lúpulo. 

(*1) https://www.guldendraak.be/en/the-legend-of-gulden-draak

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Azul (Chimay Bleue)


Divinal, é o que se dizer sobre esta cerveja trapista. A Chimay Blue tem um aroma intenso, com notas a chocolate, baunilha e passas. De um castanho escuro, tem uma formidável formação e retenção de espuma bege, um paladar harmonioso e equilibrado, não se notando os seus respeitáveis 9% ABV.



Foi desenvolvida em 1956 (*1) como uma cerveja de Natal, e o seu nome "Chimay" provém de uma cidade localizada na Bélgica, onde os monges trapistas da abadia Note Dame de Scourtmont, desenvolveram e comercializaram cervejas artesanais a fim de apoiar o emprego naquela região. (*2)

1862 é o ano que os monges de Chimay fabricam a sua primeira cerveja de acordo com as tradições monásticas de fabricação natural. Em 1948, dá-se um relevante acontecimento protagonizado plo padre Théodore, que isola as células de levedura únicas, que ainda hoje são a base da produção das cervejas trapistas Chimay. Sendo Chimay Rouge a mais antiga, é no ano de 1966 que é criada a Chimay Triple (rotulo branco) e em 2013 a comercialização da Chimay Dorée (*1)


(*1) https://chimay.com/bieres/ 

(*2) https://www.clubedomalte.com.br/fabricante/chimay 

domingo, 10 de janeiro de 2021

Albert


Uma original ideia foi o que tiveram os mestres cervejeiros da Trevo da Caparica e da Trindade, ao homenagearem Albert Lourtie. E quem afinal foi Albert Louie ? Pois foi um mestre cervejeiro que trabalhou na fábrica do seu Pai em Liège, na Bélgica. Durante a 1ª guerra mundial, foi preso e a fábrica destruída. Decidiu então mudar-se para Portugal em 1918, onde teve um papel importante na história da industria cervejeira nacional. (*1)

Para além da homenagem, a Albert Liège Spelt Ale, representa o que a colaboração entre a Trevo/Trindade pensa ser o o estilo de cerveja típica de Liége, onde se utilizava maioritariamente a Espelta, um cereal ancestral, popular no inicio do Sec. XX. Esta cerveja seria a que se serviria na Brasserie Lourtie-Dor.

A Albert é uma cerveja de cor âmbar, com formação de espuma bege de curta retenção. Aroma a caramelo e nota ligeiramente metálica. O sabor caramelizado é similar ao aroma. 4,2 % de teor alcoólico.

Achei bastante criativo e original o rotulo desta lata de 44cl.que mostra na parte interior como é que esta ideia surgiu, a historia de Albert e a sua composição.



(*1) https://www.nit.pt/comida/gourmet-e-vinhos/trindade-e-trevo-juntaram-se-para-criar-uma-nova-cerveja-portuguesa

domingo, 3 de janeiro de 2021

Cerveja Sol...That´s my brand


É inevitável ao beber uma cerveja Mexicana e não pensar naquelas deliciosas cenas do "Desperado" de Roberto Rodriguez, como esta com o actor Steve Buscemi, quando ele entra num bar Mexicano, ao som do "Six Blade Knife" dos Dire Straits, e pede uma cerveja, uma tal de "Chango", que pelos vistos seria intragável. Deixo aqui um vídeo sobre esta épica cena e um link engraçado acerca desta cerveja fictícia. (*1)



Mas nada que tenha a ver com a "Sol", que até deve ser bem refrescante para dias de calor solarengos. É uma cerveja de cor amarelo dourado, com uma boa formação e retenção de espuma branca e carbonatação média. Com aroma a malte, o paladar é idêntico, sentindo-se pequenas notas cítricas a limão com final um pouco aguado, mas que deve desempenhar na perfeição o seu papel para matar a sede. Cerveja leve com 4,5% ABV.

Nascida no México em finais do sec. XIX, num país que ainda celebrava a sua independência recém-descoberta, dia a lenda que quando o mestre cervejeiro engarrafou o primeiro lote de uma cerveja experimental, este foi iluminado por um raio de sol e decidiu chamá-lo "El Sol". Após a aquisição da cervejaria "El Salto del Agua",  a Sol mudou-se para Orizaba no inico de 1900, onde a cerveja, abençoada por usar as águas mais próximas do sol, tornou-se um ícone Mexicano. (*2)

(*1) https://potablepastime.wordpress.com/2014/04/01/cerveza-chango-mexican-lager/ 

(*2) https://www.sol.com/br/br/nossa-historia